O sepultamento do inspetor da guarda Marcelo Pereira Lima, Pastor Marcelo para muitos, esposo de Ivanete Lima, trouxe para a manhã desta quarta-feira, 9 uma comoção imensa, no cortejo que seguiu até o Cemitério Jardim da Paz, numa marcante homenagem da Guarda Metropolitana de Palmas.

 

 

Ivanete se tornou uma figura muito querida em toda a cidade, depois de ter composto a chapa do deputado estadual Júnior Geo(PSDB), ano passado, na condição de candidata a vice-prefeita.

 

 

Combatemos juntos o bom combate contra a intolerância religiosa, quando Ivanete Lima – praticamente desconhecida no Plano Diretor -  foi escolhida para compor a chapa tucana. Imediatamente foi atacada e subestimada como se fosse apenas uma escolha do meio evangélico para contrapor a escolha de Carlos Velozo representando o poder da Madureira na chapa de Eduardo.

 

 

Ivanete mostrou ser bem mais que isso, com seu bordão: “cuida, Palmas!”. 

 

 

E ele, ele era o companheiro presente, na torcida, sempre com muita simpatia. Nos conhecemos nos palanques. Lembro que gravei um vídeo para responder os que estavam desmerecendo Ivanete e ele me mandou uma mensagem. Depois, onde nos encontrávamos era sempre muito carinho, abraços, simpatia.

 

 

Perdemos o primeiro turno nas eleições e fomos para o segundo ajudar Eduardo Siqueira a se eleger. No dia da vitória, depois do Espaço Cultural, a festa ia se estender de frente ao escritório do Podemos, nos aurenys, e marchamos para lá, não sem antes passar num ponto conhecido de espetinho da Arse 71, onde nos encontramos com o casal Ivanete e Pastor Marcelo. Inspetor Chefe da Guarda Metropolitana que o homenageou grandemente neste dia.

 

 

A morte do Pastor Marcelo – um amigo me mandou mensagem desconsolado ontem a tarde, dizendo “era meu pastor. Alguém que eu podia contar a qualquer dia e a qualquer hora”- traz uma reflexão sobre a fragilidade da vida.

 

 

Soube que o carro não estava com os pneus bons... que ele perdeu o controle do veículo colidindo com o ônibus e que no dia de ontem, diferente da sua rotina, havia chamado a esposa Ivanete, três vezes no celular. Dizendo que a amava, que não concebia a vida sem ela...

 

 

Triste, trágico e curioso: amigos dizem que ele usualmente brincava dizendo que não queria passar dos 50 anos. Não chegou a completar esta idade, que seria comemorada no mês de agosto.

 

 

Toda nossa solidariedade à querida Ivanete e à sua família. Extensiva à família espiritual construída na terra pelo Pastor Marcelo.

 

 

A vida é frágil e não manda aviso prévio quando vai terminar. Por isso, é sempre bom escolher bem nossas lutas e quem luta ao nosso lado. Tudo passa, tudo passará e o que vale é legado de amor que conseguimos deixar na nossa passagem por essa Terra.