A chegada de um documento completo em nossas mãos, em que a autoridade encarregada das investigações da Fames-19, explicitam o que seria a participação do empresário Joseph Madeira (sua então esposa, Adriana) e um complexo de empresas que a Polícia Federal afirma serem de sua propriedade, ainda que como sócio oculto, dá noção do poço moral em se enfiou a Acipa.

 

 

A associação comercial e industrial de Palmas vive dias de constrangimento e não é de agora. De posse dos documentos que deram base à matéria jornalística divulgada ontem com o título que segue abaixo, fomos questionar os representados.

 

 

Ainda que sejamos, nós mesmos, através do portal T1 Notícias, associados à Acipa há muitos anos, fui ouvir nos bastidores, empresários que foram lentamente se afastando da entidade diante da negativa do seu presidente Joseph Madeira de ele mesmo se licenciar do comando dela, e deixar para protagonizar sua “história de sucesso”, quando tiver respondido e esclarecido os diversos processos aos quais responde.

 

 

Evitando se expor, ouvi de uns e de outros que Madeira se recusa a afastar-se, provocando assim o afastamento, incialmente de três vices-presidentes da entidade. Provocou em seguida o distanciamento de boa parte da diretoria. E governa agora com “meia dúzia de aliados”, conforme fonte de dentro da entidade.

 

 

Até pouco tempo pairava na entidade o temor de que sua proximidade e decantada amizade com o governador Wanderlei Barbosa pudesse acarretar para quem se opusesse diretamente a ele, retaliações do amigo em posição de poder.

 

 

Agora não mais. Diante do afastamento de Barbosa -  ainda sem data definida para retorno – os rumores em torno de Joseph Madeira só aumentam.

 

 

Vender o que não tinha para entregar, vender frango e entregar galinha magra, manipular licitações com propostas de empresas parceiras, dando-se cobertura uma à outra são apenas parte das acusações que o empresário responde.

 

 

“Como que a gente pode ter um presidente proibido pela justiça de transitar em órgãos públicos, tanto no Estado quando no município? Que condições ele tem de representar uma instituição deste porte se num dia é preso, no outro é conduzido a depor?”, questiona uma fonte.

 

 

A única resposta é a vaidade de manter o título: presidente da Acipa, enquanto a entidade se enfraquece e perde a representatividade.

 

 

Questionei amigos que ocupam cadeira no conselho, sem resposta até agora:

 

 

O que está faltando mais, para que a Acipa afaste Joseph Madeira?