Após cinco meses em que reposicionamos o PC do B e a própria Federação Palmas Brasil da Esperança no debate eleitoral em Palmas, seguimos para
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Chove enquanto escrevo esta pequena explicação aos amigos, aliados políticos, companheiros de fé e todos que se irmanaram numa pré-candidatura minha à prefeita de Palmas nos últimos cinco meses na Capital.
É uma chuvinha de verão que veio lá da região Sul e avançou pelo Plano Diretor, chuva que daqui a pouco vai adentrar nossa Vila União, na região Norte de Palmas, lavando tudo.
Um recuo é sempre um passo atrás. Mas como bem me disse o jornalista Luiz Armando pelo telefone, nesta manhã de quarta-feira, 15, ao comentarmos o assunto, “um passo atrás às vezes permite dois passos à frente”.
É assim que avalio, ao final de cinco meses de caminhada, a necessidade da retirada do meu nome, sonho coletivo de um grupo de amigos e militantes do
PC do B, desta disputa.
As esquerdas em Palmas necessitam passar pelo duplo processo de melhor organização e amadurecimento da discussão partidária. Só assim para, um dia, rompermos a bolha onde o conservadorismo e mais recentemente o negacionismo nos aprisionam.
Foi uma bela caminhada, que demos, a passos curtos. Os nossos passos. Feitos com idéias sobre o desenvolvimento da cidade. Pontos polêmicos de debate sobre como melhorar a vida de quem mais precisa do poder público.
Outro dia vi a pré-candidata do PL, defensora do campo Bolsonarista, abraçar minha proposta, colocada lá atrás, no começo da pré-campanha, de tarifa zero para quem mais precisa.
Ela a reduz em seu discurso, aos estudantes. Nós, do PC do B defendemos que seja mais ampla: garantindo o ir e vir por exemplo, a moradores de baixa renda, desempregados, inscritos no Cadastro Único.
Agora, o perfil de uma Palmas majoritariamente conservadora, vai desenhando um quadro que projeta a possibilidade de duas candidaturas assumidamente de direita à prefeitura de Palmas, num segundo turno.
É todo retrocesso que temos que trabalhar para não permitir. A extrema direita é perigosa. Defende um discurso escorregadio que fala de Deus e família de
um lado, mas que na prática é de defesa da elite, dos privilégios do capital e da exclusão de quem tem como única ferramenta de produção de riquezas, o próprio trabalho. Que produz sobrevivência e nada mais numa sociedade tão desigual.
Palmas foi pensada e projetada para excluir os trabalhadores. Foi assim que os Jardins Aurenys foram criados. É por isso que Taquari está onde está. É por isso que quem quis comprar lote mais em conta, teve que mudar para Luzimangues, do outro lado da Ponte. É por isto que existe a Capadócia.
Sonhamos muitos sonhos nesta construção coletiva de uma pré-candidatura a prefeita. Não deu. Valeu o bom combate.
Agora as lutas são outras. E o que se requer da Federação é maturidade. Temos o presidente da República, temos uma gama de projetos sociais para demonstrar para a sociedade, temos um ideal de cidade mais justa e humana.
E temos mais: tempo de TV, militância e a capacidade de decidir esta eleição. Começando por quem vai para o segundo turno, o segundo tempo.
É este o espírito. Adiante, que a luta é grande. Nós somos fortes. E vamos avançar!
Roberta Tum
Palmas
15 de maio de 2024
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