Diferente do que tem sido publicado em alguns blogs e colunas pelo Estado, a eleição da Assembleia Legislativa do Tocantins para escolha da primeira Mesa Diretora não está pacificada.
Conversando com o Blog da Tum, de casa - onde está em repouso por conta de um acidente com um quadriciclo que lhe causou problemas em duas vértebras da coluna, o deputado Cleiton Cardosos reafirmou que está firme na disputa e que representa o grupo que deu sustentação à eleição vitoriosa do governador Wanderlei Barbosa.
“Estamos firmes, somos 11 e com a perspectiva de trazer mais dois. A eleição da Casa ainda não está decidida”, disse o deputado ao Blog.
Cleiton Cardoso é visto nos bastidores como leal ao governador. Amélio Cayres, que é da base, é visto como mais independente.
Na disputa e sem aderir a ideia de chapa única, o deputado Eduardo do Dertins é o mais antigo parlamentar da Casa. Ele ainda não anunciou que desiste da pré-candidatura e segue calado. Um empate de votos entre os dois grupos, regimentalmente lhe favoreceria.
Outro, anunciado como apoio a Cayres, é o deputado Fabion. Ele não desmentiu. Porém, não confirmou. Nos bastidores, fala-se que quer ouvir o governador.
Com a pecha inicial de que teria construído uma chapa de oposição (por ter abrigado no grupo deputados eleitos em palanques opostos a Wanderlei), Amélio Cayres disse ao Blog que isso não procede. “Até porque não tem isso de oposição. 22 deputados estão alinhados com o governo. Quem não se elegeu no time, já conversou”, resumiu.
A PEC Jabuticaba - inventada no Tocantins para garantir por antecipação que o deputado Léo Barbosa será o presidente no segundo biênio desta legislatura - será votada na próxima semana. Detalhe: por esse time de deputados, que inclui muitos que não foram reeleitos.
“Quem vai garantir a aprovação da PEC é a base do governador Wanderlei Barbosa”, lembra Cleiton Cardoso. Ele defende uma chapa que prestigie quem esteve na campanha.
Como nos últimos anos de Tocantins, desde a insurgência de Carlos Gaguim contra o Palácio Araguaia e que culminou na sua eleição (ou mais recente, na eleição de Carlesse, contra Osires Damaso, que tinha o apoio de Dona Dulce), não há votação decidida muito de véspera naquela Casa. Surpresas ainda poderão acontecer.
“Eu venho construindo minha eleição”, garante Amélio Cayres. Com ele está, por exemplo, o presidente Antonio Andrade que, mesmo que não vote, influencia. Este, disse a um deputado que estava entre um e outro candidato: “não vá ficar contra a onda. A eleição agora é do Amélio...”
Nos bastidores, Cayres tem dito que não fez compromissos com ninguém sobre cargos na Mesa e reservou seis vagas para que o governador possa acomodar ao final, o outro grupo numa chapa única com ele.
A resistência de deputados como Claudia Lélis, bem próxima a Wanderlei, e a posição neutra de Léo Barbosa, mostra que nesse angu pode ter caroço.
A conferir...
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