Soou estranho que o líder do prefeito Eduardo Siqueira Campos(Podemos) na Câmara de Palmas seja alguém que estava alinhado nas hostes adversárias, o ex-diretor do Procon Walter Viana, que disputou eleição ao lado da deputada estadual Janad Valcari. Foi com ela o maior embate de Eduardo desde o primeiro turno das eleições do ano passado e nos bastidores a expectativa era de que o posto fosse do vereador José do Lago Folha Filho, que disputou a presidência da Casa com Marilon Barbosa, presidente eleito.
Se por um lado esta repentina aproximação de Viana com o comandante do Paço ainda não tenha sido bem assimilada no meio político, a liderança do ex-prefeito Carlos Amastha - que aposta num mandato diferenciado como vereador para fazer história na sua passagem pela Casa - já não soou tão estranho assim.
Primeiro pela relação que Carlos tem com os vereadores mais antigos, alguns dos quais foram parceiros de suas duas gestões. Outra porque o PSB esteve no palanque de Eduardo desde o primeiro turno, mas antes disso negociou apoio e dialogou com ampla frente de líderes e partidos.
Foi com esta habilidade que o grupo dos 12 - a maioria no parlamento municipal - veio com Podemos, PSB, PSDB, PT, Avante, PP e PRD dialogar e definir as posições nas comissões da Casa.
Ao protocolar ontem, segunda-feira, 10, antes das 18h o ofício com a indicação de líder de bloco, o grupo ajustou também o que pretende ocupar de espaço nas comissões.
A situação vantajosa (12) permitiria o exercício do poder da maioria, mas o diálogo acabou rendendo um clima de harmonia que não existiu na disputa pela presidência.
CCJ com grupo de Marilon, Finanças com grupo de Amastha
Pelo que corre nos bastidores, o grupo dos 12 terá comissões importantes como a Finanças, Urbanismo, Mulher e Segurança. Já o grupo do presidente, que tem PL e Republicanos terá CCJ, Ética, entre outros. Conforme apurado, Finanças deve ficar com o vereador Folha e CCJ com o Juarez Rigol.
Mais que o clima de diálogo e composição, a composição que ocupa as 23 vagas no legislativo palmense chega com zero disposição para fazer oposição ao prefeito Eduardo Siqueira. Um clima atípico depois de uma disputa tão dura como a do ano passado.
Eduardo entra o ano legislativo já com a maioria que necessita e em céu de brigadeiro para compor a base como pretender.
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