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Decepcionado com a política, Padre Gleibson não vai à reeleição

A confirmação da saída do Padre da política ocorreu na manhã desta quinta-feira, 18, em conversa com o Blog.

Padre Gleibson
Descrição: Padre Gleibson Crédito: Da Redação

O prefeito de Dianópolis, Padre Gleibson, conversou longamente com o Blog na manhã desta quinta-feira, 18 e confirmou que já pediu ao Bispo seu retorno às atividades pastorais da Igreja Católica no próximo ano, quando deixará a prefeitura. 

 

“Não me habituei ao jogo do processo político. É muito pesado. Na Igreja, tudo que a gente faz tem um resultado imediato, seja espiritual ou material. Você faz um festejo, no final a gente avança uma etapa numa obra, algo assim. Aqui, tem projeto do primeiro ano, ainda dependendo de liberação, por que depende da Caixa, de deputado, de senador, de ministro... não anda”, desabafou.

 

Alvo de ataques de adversários que tentaram lhe provocar um impeachment por atraso na entrega da LDO e LOA nos últimos anos, ele fez sua defesa e disse ter entregue nas mãos de Deus. “Não cometi nenhum crime, mas as pessoas ficam procurando motivos para nos atacar, chantagear. Decidi sair disso e deixar que o tempo mostre o que a nossa gestão representou por Dianópolis”, disse ele ao Blog.

 

A prefeitura será entregue “redondinha”, garante o padre. “Vou deixar tudo em dia: salários, obrigação com fornecedores, tudo zerado para quem for assumir”, resume. O prefeito afirma ainda que não vai se envolver na sucessão. “Não quero desgaste de campanha”, conta.

 

Sem escolha entre Saúde, Economia e Política

 

Falando da pandemia, o prefeito de Dianópolis conta que tem feito a opção pela saúde e sabe que isso lhe trouxe muito desgaste. “Não dá para querer equilibrar saúde pública com economia e ainda fazer política. Escolhi cuidar da saúde da população nesta pandemia. Passo na rua, e sei que tem gente odiando, porque bares e restaurantes estão fechados. Jamais iria bater nessas portas para pedir votos”, analisa.

 

Padre Gleibson lembra a trajetória do mandato: “durante o nosso mandato aconteceu o impeachment da presidente Dilma, a cassação do governador Marcelo Miranda, e duas eleições, vencidas pelo governador Carlesse. Será que dá para construir alguma coisa nesse cenário?”

 

Com todas as interrupções e dificuldades, o padre garante que a cidade está bem cuidada. O que falta atualmente são máquinas para fazer a manutenção das estradas vicinais. “As máquinas estão aí, são R$ 68 milhões investidos pela bancada federal, mas não chegaram para os prefeitos ainda. Isso tudo atrapalha”, finalizou.

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