Enquanto um grupo de deputados estaduais se movimenta para instaurar processo político de impeachment na Assembleia Legislativa - a fim de cassar o mandato do governador Mauro Carlesse, afastado por decisão do STJ - a defesa do mesmo, composta pelos advogados Juvenal Klayber e Nabor Bulhões, protocolou dois requerimentos no bojo do processo em Brasília e deve juntar novos documentos até segunda-feira, 29.
A informação foi apurada pelo Blog com fonte fidedigna em Brasília, onde os requerimentos foram protocolados para avaliação do próprio ministro Mauro Campbell. Em off, uma das fontes ouvidas pelo T1 Notícias sustenta que foi “vendida” ao ministro, uma versão bem distante da realidade, que incluiria a prática de crimes como homicídio, tráfico de drogas, e desvios na casa de milhões, que - uma vez quebrado sigilos e analisados documentos- não se sustentaram.
A defesa teria juntado provas aos autos que contestam afirmações da própria Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Os autos seguem parcialmente em sigilo, e até a presente data a defesa não teria tido acesso ao bojo de provas que sustentariam as acusações que embasam o afastamento de Carlesse por 180 dias. “Existe no direito um princípio, que é o de paridade de armas”, disse ao Blog um dos advogados ouvidos sobre processos do tipo deste que afastou Carlesse. A persistir o sigilo sobre o conteúdo que sustenta as acusações – além de delações já divulgadas – a defesa restaria prejudicada.
Não há até o momento protocolo no STF que permita concessão de liminar referente ao afastamento do governador Carlesse.
Procurado para comentar os requerimentos, o advogado de Carlesse em Palmas, Juvenal Klayber preferiu manter silêncio, e afirmou que se manifestará em momento oportuno.
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