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Deputado, empresários, prefeito: esperança vai vencendo a pressão bolsonarista no TO

Manifestações de pessoas historicamente ligadas a partidos de centro e até de direita equilibram pressão bolsonarista de última hora no Tocantins.

Crédito: Foto 1: Ricardo Stuckert / Foto 2: Divulgação

O Tocantins se dividiu ainda mais na reta final deste segundo turno das eleições presidenciais. De um lado ficaram governador eleito, a bancada federal eleita, a nova senadora eleita, o líder do governo Bolsonaro no Senado, de outro ficaram históricos esquerdistas e até o pessoal do centro e centro-direita. Foi o caso da senadora Kátia Abreu, do ex-senador Vicentinho Alves, do ex-deputado Marcelo Lelis. Além dos quadros tradicionais de esquerda, como Paulo Mourão, Célio Moura, professora Eutália, professora Germana, professor George Brito...

 

A pressão Bolsonarista de última hora foi crescente e escancarada, com cometimento de vários crimes eleitorais. Boa parte denunciados e acionada a PF.

 

Até a ex-vereadora Maria Bala - quem diria - rodou por aí na reta final da campanha em casas de pessoas humildes, pedindo voto para o presidente da República e levando o medo: “eu preciso contar com vocês... pra poder continuar ajudando as pessoas”, disse ela. Para depois afirmar que não tem mandato e todos os seus políticos estão com Bolsonaro. Ela cita Wanderlei, Dorinha e por último confirma uma promessa de que que vão matar 22 vacas em Miracema para comemorar a vitória do presidente. Em caso de vitória...

 

Esta semana, de 22 ações protocoladas pela Federação Fé e Esperança, em Palmas, no Tocantins, duas tiveram resposta rápida da Justiça, segundo um dos coordenadores da campanha do presidente Lula na capital, o advogado Edy César: a de Itacaja, onde a prefeita se negava a fornecer o transporte público no dia da eleição e uma contra a Concrenorte, empresa de Araguaína.

 

Lá, um discurso de um dos proprietários da empresa orientava sobre a política da Concrenorte e pedia o apoio a Bolsonaro para manter os empregos. Um caso gritante de assédio moral, agora configurado como assédio eleitoral. A decisão jucidial está no rodapé deste artigo. Diz o magistrado: “concedo a tutela  de urgência em caráter liminar, para que a empresa ré, sob pena equivalente a R$ 50 mil (...) seja obrigada a : ... “abster-se, imediatamente (...) de adotar qualquer conduta de assédio moral, discriminação, violação da intimidade, ou abuso do poder diretivo (...) que tenha a intenção de obrigar, exigir, impor, pressionar, influenciar, manipular,  orientar, induzir ou admoestar aqueles que tenham relação de trabalho com sua organização”.

 

A decisão é do dia 28 de outubro, e assinada pelo juiz do trabalho, Maximiliano Pereira de Carvalho, do TRT da 10ª Região.

 

Gaguim pressiona servidores do gabinete em Palmas

 

Denuncia contra o deputado federal Carlos Gaguim também chegou ao blog, de que o deputado teria em reunião ameaçado demitir os comissionados do seu gabinete que apoiarem o 13. “Ele fez uma reunião no começo da semana, e gritou, esbravejou no escritório de Palmas”, contou a fonte. O motivo: um primo seu que está na equipe de Porto Nacional printou foto de uma funcionária que tinha colocado conteúdo do Lula nas suas redes... Daí a reação.

 

O prefeito de Sampaio, Armindo CAyres, por sua vez, divulgou um vídeo para dizer ao povo de sua cidade que o Tocantins e sua cidade “está vivendo a melhor fase”. Segundo ele, se o presidente Bolsonaro perder e os recursos faltarem “a gente não vai poder permanecer com este número de funcionários funcionários”. Conforme a assessoria jurídica dos partidos aliados a Lula no Tocantins, o prefeito também foi acionado.

 

Apesar do clima tenso, a campanha em favor de Lula Presidente finalizou com carreatas e caminhadas do Bico do Papagaio ao Sul do Estado, com destaque para Tocantinópolis, para a carreata com indígenas em Lajeado, e para os últimos atos de campanha em Palmas, onde a pressão foi grande por parte dos aliados de Bolsonaro na reta final, sobre comissionados.

 

Num Brasil dividido, que prevaleça a democracia, a esperança de dias melhores e o fim deste tipo de opressão sobre os trabalhadores. Já não é sem tempo!

 

Confira aqui a íntegra da decisão judicial sobre a Concrenorte.

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