A semana que passou foi rica em conversas de bastidores entre os principais pré-candidatos que se apresentam como alternativa ao governo e ao Senado, fora da dobradinha sacramentada pelo Palácio com Wanderlei/Dorinha. Tudo em busca de uma unidade que dificilmente virá.
De um lado, a Senadora Kátia Abreu, procurada por Osires Damaso, Eduardo Gomes e Ronaldo Dimas, segue com a determinação de fazer uma campanha independente. Desta forma, permite que seus aliados de primeira hora - acordos feitos quando ela estava junto do governador Wanderlei Barbosa - permaneçam com o candidato a governador que já abraçaram, sem maiores constrangimentos.
Novo pepista e governista convicto, o deputado federal Vicente Jr. é o exemplo mais típico desta situação. Na semana que passou chegou a subir o tom enquanto cobrava dos interlocutores da campanha da senadora que ela deixasse o PP seguir com o governo. Detalhe: com o tempo de TV...
Se na vida e na política a via é de mão dupla, nos bastidores, o staff de Kátia e Wanderlei tentar acertar um acordo tácito de que ninguém tira apoio de ninguém. Deputados próximos do governador, Valdemar Jr. mantém o apoio à senadora, assim como – até aqui – a deputada Cláudia Lélis.
No meio da semana, a senadora conversou com o deputado federal Osires Damaso, sem chegar a um acordo que faça com que os dois sigam no mesmo palanque.
Por outro lado, a conversa andou bem com Ronaldo Dimas, que nos bastidores, sugeriu o primeiro suplente de Kátia, um nome do PL. A senadora no entanto, impõe uma condição: só se junta ao grupo, se houver união dos dois grupos que se apresentam como alternativa ao Araguaia.
“Juntar para perder, não!”, freia Irajá
Conversando muito nos bastidores, mas no sentido de que Dimas reflua e abra espaço para uma terceira candidatura de unidade - que falou-se muito esta semana nos bastidores no senador Eduardo Gomes – está o Senador Irajá.
Ele é empecilho para que a mãe se junte a Dimas, pois não acredita na vitória do ex-prefeito de Araguaína e vê teto baixo para seu crescimento.
A amigos, o senador tem dito: “juntar para perder, não me junto. Prefiro seguir com o deputado Damaso, construir uma história com este grupo e ver lá na frente como fica o segundo turno”.
O fato concreto é que as conversações não avançaram, e o senador Eduardo Gomes, bem ao seu estilo, juntou os pré-candidatos e reforçou sua confiança em Dimas na disputa, agregando junto o MDB ao PL e ao Podemos.
Faltando praticamente dez dias para o prazo limite das definições nas convenções partidárias, muito ainda pode acontecer.
Cortejada pelos majoritários, a senadora segue firme na sua pré-campanha. Na semana, voltou a falar com mais de 80 prefeitos e ouvi-los sobre suas preferências. Destes, menos de 10 - garantem fontes próximas – seguiram para o palanque do PSC. Os que estavam com ela, permanecem firmes no apoio, por hora, sem deserções.
No evento na ATM, em que Wanderlei e Dorinha apareceram juntos pela primeira vez, o secretário de Governo, Jairo Mariano afirmou terem estado presentes, 45 prefeitos. Se todos eles estão com a dupla, governador e senadora, não se sabe.
Já Mauro Carlesse começou a pré-campanha pelo Bico, e já juntando prefeitos como Auri Wulange, e outros.
A diferença desta eleição no Tocantins, é que a de Senado está mais disputada que a de governo e para ela, não existe segundo turno. Vejamos o que os engenheiros da política tocantinense, experts no jogo de Xadrez e no Poquer, vão arrumar até o dia 5.
Esta turma tem dormido pouco, e mexido muito as peças para tentar compor palanque único e forte. Meu palpite, nesse cenário é que dificilmente vão conseguir.
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