Pelo menos três candidatos a prefeito disputam o segundo lugar nas eleições que ocorrem na capital domingo. O deputado Júnior Geo, o vereador Tiago Andrino, e o deputado federal Eli Borges.
É que se pode concluir a partir do movimento final feito ontem, quinta-feira, 12, pelos candidatos. Júnior Geo “derreteu”, perdendo parte do eleitorado que declarava vê-lo como a melhor opção entre os oposicionistas, mas manteve os votos que tem consolidados.
Tiago Andrino cresceu nas últimas duas semanas e rompeu a barreira dos dois dígitos com uma campanha movimentada na rua e um time aguerrido de candidatos a vereador.
Eli Borges tem fatia cativa do eleitorado, teve um bom apoio entre os pastores evangélicos, mas avançou pouco e teve dificuldades nos últimos dias em manter as bases estruturadas. Luta para ter uma boa votação e com isso garantir a base que o mantém na Câmara dos Deputados em Brasília. Teve 16 mil votos na última eleição e caminha - se não lhe faltar ajuda na reta final - para 20 mil votos na capital.
Próximo deles vem Vanda Monteiro, a candidata que mais gastou nesta eleição. Ela que aposta quase todas as fichas na eleição do marido, Márcio Reis, deve emplacar o voto mais caro da capital. E pode ter dificuldades na prestação de contas. A conferir...
Neste meio vinha também o empresário Marcelo Lélis, que fez uma campanha simpática e positiva nas redes, mas que sofre o desgaste da imagem e a falta da estrutura que não lhe faltou em outras campanhas. Na reta final, tende a ficar para trás.
O poder do dinheiro nas ruas nessas 48 horas finais vai definir muita coisa. Inclusive quem pode terminar preso em flagrante por compra de voto.
Não foi difícil encontrar filas de eleitores e militantes abastecendo em postos de gasolina com carros plotados. Só não viu quem não quis e aí fica a pergunta: não houve denúncia por que os adversários também fazem igual, ou a Justiça não conseguiu fiscalizar, ficando meio caolha nesta reta final?
Pros tem bons nomes e um bode na sala
O Pros tem bons nomes na disputa pela vereança, mas arrumou um problema, quando o candidato a prefeito bancou uma candidatura polêmica por amizade pessoal. Pelo menos três pré-candidatos se manifestaram contra o nome do Prof. Rawlisson, envolvido em caso controverso de violência contra a mulher. Mas mesmo acuado, Geo não recuou.
Conforme apurado pelo Blog, o deputado cedeu não só o seu número de eleições anteriores, como deu tratamento privilegiado a Rawlisson, levando o mesmo a reuniões onde os outros foram recomendados a não ir.
Os mais competitivos no Pros são João Cruz e a professora Iolanda Castro, experiente e que vem construindo seu projeto ao longo dos anos. Também do Pros o estreante, Delegado Hudson pode surpreender. Resta ver o que a urna traz. O partido deve fazer uma vaga.
Laudecy e Café disputam no Solidariedade
O Solidariedade tem a convicção de que fará uma das 19 vagas da Câmara Municipal, num coeficiente que deve variar acima dos 6 mil votos. Disputam o primeiro lugar dentro da legenda, a vereadora Laudecy Coimbra e o ex-secretário da Agricultura do governo Siqueira, Jaime Café. Um dos dois se elegerá. O outro vai depender da sobra.
Laudecy está com a campanha bem organizada e tem apoio no segmento organizado da Igreja Católica. Já Café, recebeu o reforço do time da educação do Estado, que desembarcou na sua campanha na reta final.
PSB se divide entre os ricos e as novas estrelas da política
O PSB de Tiago e Amastha conseguiu o bom resultado de ter uma chapa toda motivada. Com exceção da policial civil Giovanna, que saiu bombardeando, pediu o afastamento de Amastha e questionou a distribuição do fundo partidário, os demais tocaram uma campanha alto astral e propositiva.
Nas cotações e pesquisas que correram a cidade, vemos de um lado, os candidatos mais estrutura financeira, como Brazão, Lacerda do Gás e Epitácio Filho. Mas o jovem Athus, filho de Nuir Jr. - que nunca teve mandato, mas sempre militou na política tocantinense - pode surpreender na movimentação.
O partido trouxe ainda candidaturas que marcaram posição na defesa de mandatos populares, que é mais a cara do PSB. O trio do Somos, composto por Alexandre Peara, Augusto Brito e Thamires Lima fez uma campanha bem inovadora, distribuindo currículos e chamando o voto consciente.
Resta saber o resultado que essas inciativas terão na prática. A conta enxuta é de que o PSB faz dois vereadores. Também apoiando a chapa de Tiago, o Cidadania corre o risco de fazer um. Lá lideram a preferencia Joatan, e Wilton do Zé Branquinha.
Outros nomes na oposição
Se a abstenção em Palmas ficar na marca dos 30 a 35%, teremos cerca de 110 mil votos válidos para vereador. O que projeta uma legenda acima de 6 mil votos para que cada partido feche o coeficiente para fazer um vereador. Isso coloca em dificuldades as legendas que lançaram poucos nomes ou que fizerem baixa votação.
O PV de Marcelo Lélis pode fazer um, numa disputa entre o vereador Erivelton e Antonio Casebre.
Já o Podemos deve eleger Janad Valcari, representante das escolas particulares de Palmas, da chapa de Alan Barbiero, que deve fazer um.
Partidos menores dependerão de obter a melhor sobra para conseguir eleger um vereador. Caso do PL, que lançou poucos nomes, o DC que apoia Gil Barison. Que dificilmente emplacam um.
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