As cenas que todos assistimos ontem, domingo, 8 de janeiro, da invasão das sedes dos três poderes da República são fruto dos excessos de paciência com os movimentos da extrema-direita desde que Jair Bolsonaro perdeu as eleições no ano passado.
Não há mais espaço para passa panismo.
A leniência e a conivência de forças policiais e militares dão o retrato exato do que estamos enfrentando: gente que acha que vale tudo para derrubar, no grito, o resultado das eleições e proclamar um golpe.
São os inconformados com a reforma da decisão judicial, conduzida cinematograficamente por Sérgio Moro e Dallangnol contra o novamente presidente Lula, que patrocina a orda delinquente que se viu em Brasília.
É preciso dar nomes aos bois: milionários do agro e donos de transportadoras estão bancando a desordem. Já ficou demonstrado que por diárias que vão de R$ 50 a R$ 200, mais alimentação e acampamento, estes senhores da elite branca brasileira, manobram de casa o que querem dar a entender ser um movimento popular. Não é.
A realidade paralela criada para iludir os menos sãos, insuflando-os a se tornarem “heróis da resistência”, num protagonismo patriótico às avessas explica muito do que estamos vendo.
Muitos, milhares destes que se propõem a cumprir este papel tem a saúde mental frágil. São massa de manobra da realidade paralela, criada com uma narrativa de marketing criminosa, a fim de tentar produzir uma ruptura do sistema democrático brasileiro.
O que nós, brasileiros, maioria que acredita na Justiça, defendemos hoje, é a garantia do Estado de Direito duramente conquistado.
O Ministro Alexandre de Moraes estava correto em todas as medidas que tomou para tentar conter esta horda de criminosos. Até então era um cavaleiro solitário, criticado soturnamente nos corredores de Brasília por possíveis “excessos”.
A realidade demonstra que os excessos, desde a proclamação do resultado das urnas, tem sido dos outros.
Moraes não está mais sozinho. Estamos todos com ele.
Prisão para os golpistas, para os extremistas, para os terroristas. E para os inocentes úteis que os acompanharam para se fotografar e postar nas redes sociais.
Do Tocantins, estamos atentos aos que verdadeiramente se importam, se posicionam e repudiam tais atos. E aos que soltam notas tímidas que causam vergonha tamanha a covardia em negar verdadeiramente atos que atentam contra o Estado democrático que elegeram estes mesmos senhores.
Basta de paciência. O que aconteceu é imperdoável. A todos, os rigores da lei.
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