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No bojo da operação Nêmesis um fato: vazamentos continuam entre BSB e Palmas

Mensagens que circulam nas redes refletem o cansaço e a descrença dos tocantinenses diante de novos desdobramentos da Polícia Federal, que miram novamente o governador afastado e a primeira-dama

Crédito: Reprodução

 

A sensação de cansaço que se abate sobre os tocantinenses inconformados com o fato de que o Estado, por tanto tempo sonhado e desejado, tenha se tornado uma caixa para enriquecer políticos inescrupulosos só aumenta a cada operação da Polícia Federal para apurar desvios de recursos públicos.

 

É o que vai nas redes e nos grupos de Whatsapp hoje, quarta-feira, 12 de novembro, quando policiais federais foram às ruas cumprir mandados contra 18 alvos entre os quais o governador afastado, Wanderlei Barbosa, a primeira-dama, Karynne Sotero, a sogra do governador, a filha da primeira-dama, entre outros nomes, dos quais destaco um: o advogado Thomas Jefferson Gonçalves Teixeira (ex-secretário de Parcerias e Investimentos).

 

O enredo da trama é o seguinte: na véspera da operação do dia 3 de setembro, que afastou Wanderlei, Thomas bateu na porta da casa do governador, sem avisar pelo zap e sem telefonar depois das 23hs e aguardou 17 minutos do lado de fora para conseguir falar com o Barbosa por menos de 10 minutos.

 

Tudo gravado na central de monitoramento da casa. Depois desta conversa, levantaram acampamento Wanderlei, Karynne e a filha mais nova dela. Deixando como já se sabe cofre aberto, dinheiro em espécie esquecido (mais de R$ 50 mil) num fundo falso de gaveta do banheiro, comida dentro do quarto e celular resetado carregando.

 

Thomas teria ido ainda ao encontro dos dois filhos de Barbosa: deputado Léo e Rerisson, o Maninho. Tudo na mesma noite, no entrar da madrugada.

 

No dia seguinte, a operação.

 

Convocados a depor na Superintendência da PF – sem condução coercitiva – o casal não compareceu no horário marcado. Foi, ao contrário, para a casa da sogra de Wanderlei, onde uma verdadeira operação de guerra foi montada para retirar caixas, documentos e não se sabe mais o quê... com policiais militares e muitos civis participando. É o que vai no relatório da PF.

 

Na porta da casa o governador, na camionete com a qual se deslocou a Brasília, falou com amigos, correligionários e com a deputada estadual Cláudia Lélis, que foi ao encontro do casal e aparece nas fotos que a PF documentou a partir de uma denúncia anônima.

 

 

 

Parece brincadeira... o governador já estava afastado pelo STJ.

 

Tudo isso – e as cenas que se viu depois nas redes sociais de Barbosa – ressoam como um grande “fxd2-s1” para a justiça e suas determinações.

 

Para além da estratégia de desestimular o impeachment, as fotos com deputados investigados publicadas nas redes é de uma falta de inteligência tamanha, que chega a ser difícil de acreditar que a aposta no “não vai dar em nada”, valesse o risco.

 

Com base nelas, o PSB de Carlos Amastha já pede o endurecimento das medidas restritivas a Wanderlei Barbosa.

 

O fato mais grave que fica claro no entanto é que há um vazamento que persiste entre as decisões tomadas nas cortes superiores em Brasília e os impactados por elas no Tocantins.

 

Se tudo isso junto deixa claro que houve vazamento antes, quem nos garante que a operação de hoje, quarta-feira de Xangô, também não vazou.

 

Afinal, a decisão de Campbell é do dia 30 de outubro. Há exatos 12 dias.

 

Há um barulho ensurdecedor neste intervalo de tempo.

 

Onde está o vazamento e vai perdurar até quando?

 

Este é o desafio que se coloca para a Polícia Federal. Até lá, permanece esse jogo de gato e rato.

 

Para tristeza e indignação de quem quer um Tocantins passado a limpo.

 

E ainda falam em voltar... vergonha pouca é bobagem!

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