Foi preciso o relógio do tempo marcar três anos após o processo eleitoral de 2020, para que Marcello Lélis, Cláudia Lélis e Cinthia Ribeiro Mantoan, agora casada com o deputado Eduardo Mantoan, se sentassem ao redor de uma mesma mesa para conversar amenidades, política, e restabelecerem uma relação que já foi de muita proximidade.
Antes de Cinthia estrear na política como candidata a vice-prefeita, eleita e reeleita prefeita da Palmas, ela foi ao lado do então Senador João Ribeiro, madrinha de casamento de Cláudia e Marcello.
Os meandros da política tocantinense já os colocaram do mesmo lado, mais de uma vez. Quando João Ribeiro era pré-candidato ao governo do Estado, nos idos de 2009, e Carlos Gaguim (então presidente da Assembleia Legislativa) foi alçado à condição de governador interino, governador por via indireta e depois candidato, Marcello Lélis protagonizou um episódio interessante.
Abre parênteses.
Entre ser governador (quando praticamente não teve opção) e cumprir o mandato de nove meses, Gaguim, por óbvio, decidiu ser candidato à reeleição. Eram, o queijo e a faca na mão. O governo, tudo que ele representava - vide o programa Acelera Tocantins, realizado à época – e a condição legal de disputar não passariam batido, como não passou.
Só que João era aliado. Naquele tempo, um jovem e ousado Marcelo Lélis se posicionou num momento interessante. Compondo o governo, através do PV, que havia indicado Fábio Lélis para a Secretaria de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Lélis foi chamado, com os demais 23 deputados para uma reunião com o governador Gaguim.
Nesta reunião, Gaguim anunciaria sua disposição em disputar e a ruptura do compromisso prévio com Ribeiro.
Lélis, que tinha além da amizade, recebido o apoio de João Ribeiro na disputa pela prefeitura da Capital foi coerente. Abriu a reunião, anunciou que manteria o compromisso prévio que o grupo tinha com o nome de Ribeiro ao governo, entregou a secretaria e se retirou.
Fecha parênteses.
O tempo e as circunstâncias levaram João com uma leucemia, a não chegar a disputar o governo do Estado. Marcello Lélis foi pré-candidato ao governo na eleição seguinte, que trouxe Marcelo Miranda de volta ao poder. Nela, Lélis terminou compondo a chapa como vice, numa vaga do PV. Novamente o destino fez a sua parte. E com uma decisão judicial que o mantinha inelegível, Marcelo foi substituído por Cláudia Lélis na chapa.
O casal que se sentou para jantar com Cinthia e Mantoan, hoje partilha do poder e da confiança do governador Wanderlei Barbosa. No evento de encerramento da temporada Palmas Férias, Lélis foi representando o governador.
Presentes no camarote montado pela prefeitura para que a prefeita recebesse os convidados, desfilaram, Deocleciano e Morgana, o próprio Marcelo Lélis, a deputada Vanda Monteiro e o marido, vereador Márcio Reis.
Uma noite com muita conversa sobre turismo, música e pouca pauta política
A reaproximação, que deixou a disputa no retrovisor, teve como ambiente a pousada Aldeia da Serra, onde Mantoan fez uma reserva semanas antes para passar um fim de semana e comemorar com a esposa Cínthia os sete anos de relacionamento dos dois.
Lá, muita conversa e aí sim com a pauta política no tema. Este foi de fato, o maior acontecimento pré-eleitoral que rolou em Taquaruçu no final de semana. A despeito do que pregam alguns, não há distanciamento da prefeita com o governador.
E contrariando muita gente, pode haver sim, um movimento de aproximação.
Excelente anfitriã que é, Cinthia recebeu a todos e todas com a mesma simpatia. Chegou com a ex-senadora Kátia Abreu, com quem deve inaugurar nas próximas semanas a Feira da Promessa em Taquaralto. Cantou, dançou, brincou, como é de seu estilo, aproveitando a simpatia de Fafá de Belém.
Saiu mais próxima dos Lélis. Uma proximidade que pode dar bons frutos no futuro.
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