Blog da Tum

Os números que não batem e a banalização dos casos da Covid em Palmas

Covid avança na proporção que população relaxa cuidados e falta fiscalização nos espaços públicos... é preciso ação das autoridades para proteger setores mais vulneráveis.

Há dois dias circula nas redes a polêmica sobre o fato de que o numero de casos da Covid-19 em Palmas divergem. No portal da Cidade de Palmas o total é diferente do apresentado no portal da SES, no Estado. Somados os casos por bairro em Palmas, o número diverge também do totalizado no próprio portal da prefeitura. 

 

Enfim, dados dispares que não conversam entre si. O fato começou a ser explorado pelos adversários da prefeita Cinthia Ribeiro. Em especial o ex-prefeito Carlos Amastha que foi às suas redes questionar e criticar a falta de sintonia.

 

Mas o caso é que a questão não é partidária, mas de política pública... Os casos de Covid 19 testados, crescem em Palmas vertiginosamente. Por mais que se apresente um dado (que também é uma conta esquisita) de baixa ocupação de leitos clínicos e de UTI na capital.

 

Vejam a explicação do município:

 

NOTA 

DATA: 08/07/2020

VEÍCULO: T1 Notícias 

ASSUNTO: Diferença de dados dos boletins municipal e estadual 

 

A Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus) informa que os dados referentes aos casos de Covid-19 do Município e da Secretaria de Estado de Saúde (SES) possuem divergências pelo fato do banco estadual registrar alguns pacientes de outros municípios que estão internados na Capital como residentes de Palmas. A Semus reforça que investiga tais casos, no entanto, a atualização do banco estadual é de competência da SES.

 

A respeito da diferença de dados entre o Boletim Epidemiológico de Palmas e o site Plantão Coronavírus, também da Capital, a Semus ressalta que o portal é atualizado após o Boletim ser publicado, o que pode ocasionar uma pequena demora para que os dados sejam sincronizados.

 

Pano rápido...

 

O inegável mesmo é que o controle da Pandemia inexiste. Um presidente que veta a obrigatoriedade de uso da máscara de proteção. Apoiado por bolsonaristas que defendem que a máscara deve ser usada “por quem quer”, o que seria suficiente para a proteção da pessoa. Uma mentira. Um erro. Um ato egoísta e que chega a ser criminoso...

 

Nas ruas caiu o uso da máscara, nas praças a aglomeração é visível.

 

Faço um destaque para o caso de Taquaruçu, onde segmentos da comunidade pedem, sem eco nas ações das autoridades que se fiscalize mais a adoção de medidas sanitárias. Em especial nos espaços públicos.

 

Aqui, onde morreu a primeira vítima da Covid-19, ciclistas se aglomeram a vontade nos finais de semana nas praças. Raros são os que adotam a máscara. Moradores adotam os bancos públicos para fazer suas pequenas festas. Com cerveja e sem máscara. O som na praça começa cedo e quando a guarda metropolitana chega (como na semana passada), o movimento já acabou.

 

São muitas providências a serem tomadas. Incluindo uma barreira sanitária no distrito e o controle do transito de turistas – incluindo quem aluga casas de temporada para vir tratar Covid no distrito. Tudo sem o menor controle ou monitoramento.

 

O distrito precisa ter seus dados tratados separadamente, por se tratar de polo turístico numa localidade de população idosa grande, por reunir na sua UBS as demandas da zona rural e de Buritirana, e por ser rota de cargas que vem de Santa Tereza e imediações.

 

As autoridades municipais e estaduais precisam ter um olhar mais urgente e atento para isso. 

 

No mais, Palmas caminha para um estado de alerta, por absoluta falta de comprometimento de segmentos da população que querem viver como se a pandemia não existisse, como se não houvesse amanhã, e como se isso nunca fosse atingí-los.

 

O que vem por aí, pode doer nas famílias de muita gente que age hoje com insanidade. Mas antes de ser um problema pessoal, é uma questão de saúde pública que exige mais rigidez do poder público, e penalização de quem descumpre os decretos.

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