As recentes reviravoltas na política tocantinense, com o afastamento do governador Mauro Carlesse pelo STJ e a ascensão de Wanderlei Barbosa ao poder, alteraram o cenário para o próximo ano no Tocantins.
Se ainda há muita coisa incerta - como o retorno ou não de Carlesse à cena política, com condições de governar - nesse rompimento aparente de maioria dos deputados estaduais, e seu aglutinamento em torno do governador em exercício, algumas variantes não mudam.
Sem prejuízo de outras revelações e a quem elas possam comprometer, o cenário nacional traça a necessidade de três candidaturas ao governo. O palanque do atual presidente da República, que vai à reeleição, é prioritariamente do senador Eduardo Gomes. Organizar a reeleição de Bolsonaro é prioridade para Gomes, algo que ele já deixou claro.
Outro palanque que não faltará é o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que naturalmente é do PT de Paulo Mourão. Se vão haver composições nos partidos mais a esquerda em torno de Lula é uma incógnita.
O terceiro palanque, que já se mostrou competitivo, a partir do lançamento do nome, é o do ex-juiz Sérgio Moro. Palanque do Podemos, que deve garantir as condições de Ronaldo Dimas disputar o governo. Ele que é o mais adiantado na pré-campanha ao governo até aqui.
O quarto palanque, que pode ser o de Wanderlei Barbosa, Kátia Abreu - caso não se confirme a indicação ao TCU e ela dispute novamente o Senado - e outras lideranças de partidos de centro que não têm a obrigação de acompanhar nenhum presidenciável. E assim deixar o eleitor à vontade para votar em quem quiser.
Por enquanto, quem menos tem pressa por definições é quem já tem a garantia de legenda e a liberdade de transitar em várias frentes.
No mais, o grupo que Wanderlei Barbosa está criando, trabalha com expectativa de poder futuro e unindo os insatisfeitos que haviam se afastado da cena política por não conseguir espaço com Carlesse, ou por não ter afinidade com ele. E daí pode nascer um palanque forte.
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