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PEC das emendas:núcleo de Amélio retira assinaturas enquanto Mantoan espera Wanderlei

O assunto que abre a pauta de discussões na Aleto é a PEC que altera o valor das emendas impositivas dos deputados estaduais de autoria de Eduardo Mantoan

Crédito: Foto 1: Ísis de Oliveira Foto 2: Koró Rocha

A semana começa na Assembleia Legislativa com a pressão do presidente Amélio Cayres e seu grupo mais próximo para que o deputado Eduardo Mantoan (PSDB) retire a PEC das emendas parlamentares, que aumenta o percentual do orçamento do Estado dos atuais 1,2% para 2%, igualando ao que já é praticado nos demais estados da Federação.

 

A polêmica toda acontece porque o tucano não teria pedido as bênçãos do Palácio antes de apresentar a emenda. O assunto já era ventilado nos bastidores e havia o desejo dos parlamentares de fazer a alteração. O presidente Amélio Cayres desejava, no entanto, ele ter o protagonismo da ação, o que não ocorreu quando Mantoan se antecipou.

 

“Os deputados mais próximos do Amélio só assinaram a PEC porque havia consenso no grupo sobre isto. Mas, Mantoan não consultou o Léo (Barbosa) e preparou a PEC antes do Amélio, o que desagradou”, revela uma fonte dos bastidores da Casa.

 

Quando apresentada por Mantoan, a PEC tinha assinatura de 13 deputados. Agora, conta com 9. Já protocolaram pedido de retirada da assinatura os deputados Gutierres Torquato, Vilmar de Oliveira, Luciano Oliveira e Eduardo Fortes.

 

Mantoan diz que PEC está mantida e aguarda audiência com o governador

 

Nos bastidores, fala-se também que desde a semana passada um documento de retirada da PEC está pronto para ser apresentado. Procurado pelo Blog, o deputado Eduardo Mantoan negou. “Estive com o governador no RJ, ele não manifestou nada sobre este assunto. Temos numa audiência na segunda-feira (hoje) e só então terei uma posição. Se há dificuldade para o estado em cumprir os 2%, não tenho problema em fazer uma emenda modificativa, ou que algum colega faça”, disse o deputado.

 

A PEC só pode ser apresentada se tiver oito assinaturas, ou seja, 1/3 dos deputados da Casa. A informação é de que Barbosa teria dito aos mais próximos que tem condição de cumprir 1.6%. O presidente da Casa quer garantir os recursos para construção do anexo da Assembleia Legislativa, alegando falta de espaço.

 

Há quem critique a medida e a considere desnecessária, uma vez que os gabinetes de deputados tomaram proporção luxuosa, com espaços que são o triplo dos gabinetes que deputados federais utilizam em Brasília, por exemplo. Outros já defendem o conforto para que as equipes trabalhem melhor. A construção será outro marco da gestão de Cayres.

 

Para garantir o prédio novo, o governador garantiria os 0.40% que faltam para completar os 2%. E estaria entregando para a Casa os mesmos 2%.

 

Falta a base se entender. E ajustar tudo entre si. Com Mantoan dentro e não fora dos acordos.

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