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Propaganda e fundo partidário na rua, Cinthia lidera: Vanda e Eli disputam 2º lugar

A campanha nas ruas em Palmas mudou muita coisa de lugar. Como se diz na política e no futebol: o jogo e jogado.

Crédito: Montagem/T1 Notícias

A campanha majoritária na capital trouxe a prefeita Cinthia Ribeiro, candidata à reeleição pelo PSDB, com o discurso de quem está à frente da gestão, num ano de obras da CAF. Plantadas lá atrás por Carlos Amastha e viabilizadas pela prefeita que as executa.

 

Com a vantagem de quem está nos holofotes há mais tempo e com as condições que o poder Executivo dá a quem o maneja de resolver os problemas das pessoas, Cinthia lidera. Num cenário em que mais onze nomes disputam o voto do eleitor.

 

O tempo de televisão e o legado de Amastha, que hipoteticamente deveriam dar a Tiago Andrino o papel de opositor natural na disputa, não funcionou bem assim. Numa campanha pandêmica, o bom uso das redes compensa a desvantagem de quem tem pouco tempo na TV.

 

Sem medo do vírus, o que se vê são candidatos majoritários e proporcionais desafiando a lógica, inaugurando comitês -  chamados ponto de apoio – fazendo reuniões com cadeira, som e palco. Em resumo: aglomerando muito.

 

Fotos de visitas e reuniões de fundo de quintal com mais da metade das pessoas presentes sem máscara mostra o descuido com a saúde, na prática. Candidatos preocupados com votos, e nada mais.

 

O fato é que até o deputado Júnior Geo, tido como o ar fresco desta campanha, por nunca ter sido testado para o executivo e manter um discurso e padrão de atuação de independência, está ficando para trás.

 

Candidatos a vereador de sua coligação reclamam que ele fica dois, três dias sem responder uma mensagem. Corre do financiamento de empresários como o diabo foge da cruz, e conseguiu agora aportar apenas R$ 450 mil na sua campanha. Com uma chapa proporcional para viabilizar. Tarefa difícil.

 

Vanda decola com R$ 2 milhões e Eli vem com estrutura própria, do vice e de Wanderley

 

A consequência das 11 candidaturas que disputam contra Cinthia nas duas primeiras semanas de campanha efetiva é a pulverização das intenções de voto e o crescimento de quem tem volume, estrutura, financiamento da chapa de vereadores.

 

E aí a deputada Vanda, do PSL, decolou e descolou dos demais. É o que mostram as consultas internas. A aposta é uma campanha com muita visibilidade (carros plotados) e contratações de cabos eleitorais. Para buscar o voto popular nos bairros da capital. Foram R$ 2 milhões depositados pelo fundo partidário. Um dinheiro desses, na campanha de Palmas, faz a diferença.

 

Já o deputado Eli Borges, caminha com sua estrutura de votos (igreja e lideranças), somado à estrutura do vice, Joseph Madeira, dono da Jorima, que emprega milhares, e a força extra do vice-governador, Wanderley Barbosa, de corpo inteiro na campanha.

 

Não dá para desprezar esse poderio todo. A consequência é que as próximas amostragens sérias devem mostrar o que as ruas já revelam. Vanda e Eli, ou Eli e Vanda, se sucederão em segundo e terceiro lugares. Caminhando para disputar os votos com a prefeita Cinthia Ribeiro.

 

Esta que segue na frente de olho na máxima de não errar, ou errar o mínimo possível, para manter o que já tem.

 

O que pode mudar este cenário? A própria campanha na rua. Tem candidato que em 15 dias para de andar, simplesmente porque não tem fôlego financeiro. Outro fator que pode alterar a disposição do eleitor são os debates. Resta saber quantos serão, e quando virão, com aulas suspensas e as TVs sem muita estrutura para tanto.

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