86 médicos estrangeiros recebem registro provisório dos CRMs

De acordo com informações obtidas pela Agência Brasil com os CRMs, entre os registros concedidos, 19 foram liberados no Rio Grande do Sul, 30 na Bahia e 12 no Ceará.

Médicos devem começar a trabalhar
Descrição: Médicos devem começar a trabalhar Crédito: Da Web

Oitenta e seis profissionais com diploma estrangeiro inscritos no Mais Médicos receberam, nesta segunda-feira (23), registros provisórios e estão aptos a atuar no programa, segundo informação dos CRMs (Conselhos Regionais de Medicina). O número corresponde a pouco mais de 12% do total de 670 aprovados durante a primeira etapa.

De acordo com informações obtidas pela Agência Brasil com os CRMs, entre os registros concedidos, 19 foram liberados no Rio Grande do Sul, 30 na Bahia e 12 no Ceará.

Já o Conselho Regional da Paraíba liberou 14 registros. Segundo o presidente da entidade, João Medeiros, todas as solicitações que chegaram às suas mãos foram aceitas. "No início, a documentação estava inconsistente. Recebemos um procurador da AGU (Advocacia Geral da União) e explicamos isso. Agora, está tudo regularizado", destaca.

Já o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) liberou apenas 11 dos 43 registros médicos dos profissionais estrangeiros que atuarão no Estado, o equivalente a 25,5% do total. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, os outros registros serão liberados aos poucos durante essa semana.

Está prevista para segunda ou terça-feira (24) a concessão de mais 17 registros no Ceará, de acordo com o CRM local.

O Ministério da Saúde confirmou apenas 39 liberações (12 no Ceará e 27 na Bahia) e disse, por meio de sua assessoria, que um novo balanço deve ser divulgado até o fim do dia.

A pasta não informou ainda quando os médicos vão iniciar atendimento em cada município para onde foram designados. Inicialmente, os profissionais começariam a atuar no dia 16 de setembro, mas a pasta adiou para esta segunda-feira (23), devido ao impasse com entidades médicas.

Desde o anúncio da vinda de médicos formados no exterior sem necessidade de revalidação do diploma, essas instituições anunciaram que não registrariam os profissionais, alegando que a legislação brasileira exige que passem pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida).

Para as entidades médicas, a não revalidação do diploma deixa a população sem garantia da qualidade dos profissionais. Em vários Estados brasileiros, médicos foram às ruas no mês de julho para protestar contra o programa.

Já o Ministério da Saúde argumenta que a dispensa do exame é uma forma de evitar a concorrência dos médicos estrangeiros incluídos no Mais Médicos com os brasileiros, na medida em que, se tivessem o diploma validado, poderiam trabalhar onde quisessem e não apenas com autorização exclusiva para atuar na periferia das grandes cidades e em municípios do interior.

 

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