Radares militares da Tailândia detectaram na noite do dia 8 de março sinais de uma aeronave não identificada logo depois que o avião da Malaysia Airlines desapareceu dos radares civis, publicou nesta quarta-feira (19) a imprensa local.
Apesar da grande operação internacional de busca, as autoridades tailandesas não compartilharam essa informação até agora porque não foram especificamente questionados antes, disse o jornal "Bangkok Post".
O sinal supostamente detecta uma mudança de rumo para o Estreito de Malaca, mas era intermitente e não incluía dados como o número do voo, informou o porta-voz da Força Aérea da Tailândia, Montol Suchookorn.
"Não demos muita atenção para isso. A Força Aérea Tailandesa só se ocupa das ameaças contra o nosso país, então, o que não representa uma ameaça para nós, simplesmente observamos sem tomar ações", garantiu o militar, segundo o jornal.
Essas novas informações questionam as práticas de alguns países que preferiram não compartilhar informação em matéria de defesa, com pleno conhecimento do desaparecimento da aeronave com 239 ocupantes.
O voo MH370 de Malaysia Airlines saiu de Kuala Lumpur na madrugada do dia 8 de março e tinha previsão de chegada em Pequim seis horas depois, mas desapareceu do radar 40 minutos depois da decolagem, por volta das 1h20 locais da madrugada do sábado para o domingo (14h20 de Brasília da sexta-feira).
Em torno das 1h28 locais, o radar militar tailandês "era capaz de detectar um sinal, que era normal, de uma aeronave em direção oposta ao MH370", disse Montol.
Após vários dias de buscas por possíveis destroços de um acidente no Mar do Sul da China, as operações de resgate se concentram agora em uma grande área que inclui regiões da Ásia Central e o sul do Oceano Índico.
Segundo os últimos dados de satélite recolhidos, o avião pode ter voado rumo ao norte, em uma área compreendida entre o Laos e o Mar Cáspio, ou para o sul, entre a ilha de Sumatra, na Indonésia, e o sul do Oceano Índico.
Mais de 40 aeronaves e 34 embarcações participam das tarefas de rastreamento, inclusive mais de 12 aviões Orion P-3 e Hércules C-130.
Os países que colaboram nos trabalhos são: Austrália, Bangladesh, Mianmar, Brunei, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Filipinas, França, Índia, Indonésia, Japão, Cazaquistão, Quirguistão, Laos, Malásia, Nova Zelândia, Paquistão, Reino Unido, Rússia, Cingapura, Tailândia, Turcomenistão, Uzbequistão e Vietnã.
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