O dólar comercial dá continuidade ao movimento de alta ante o real nesta terça-feira (11), e já passa a barreira dos R$ 2,16. Na véspera, a moeda subiu pelo segundo dia seguido – mesmo após o Banco Central ter atuado duas vezes para tentar segurar a valorização da moeda.
Perto das 10h40 (horário de Brasíia), a moeda norte-americana avançava 0,6%, cotada a R$ 2,161 para a venda.
Mais uma vez, a valorização aqui ocorre em sintonia com um viés global de alta da moeda dos Estados Unidos, conforme investidores colocam no preço a probabilidade de o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) começar a reduzir as injeções de liquidez, destaca a agência Valor.
Isso tem provocado um maciço redirecionamento de fluxos de emergentes para os Treasuries (títulos de longo prazo emitidos pelo Tesouro dos EUA), refletindo-se na alta dos yields (rendimentos) destes títulos públicos norte-americanos.
As atenções do mercado agora se voltam para a possibilidade de o Banco Central (BC) atuar novamente no câmbio, como fez na véspera, quando anunciou dois leilões de swap cambial tradicional – que equivalem a uma venda futura de dólares – pela primeira vez neste ano, numa tentativa de conter a escalada da moeda.
Ainda assim, o dólar fechou cotado a R$ 2,1479, alta de 0,71%. A última vez que o BC fez dois leilões de swap num mesmo pregão foi no dia 26 de dezembro, quando a moeda rondava R$ 2,08, destaca a agência Reuters.
As intervenções do BC conseguiram moderar o ritmo de alta, mas não reverter a direção da cotação. No mês, até o último fechamento, o dólar acumula alta de 0,26% ante o real. No acumulado do ano, a valorização já supera os 5%.
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