Aprovado registro de teste de farmácia para diagnosticar HIV

Segundo a fabricante, o produto demonstrou sensibilidade e efetividade de 99,9%; fabricante estima que ele deva entrar no mercado em junho, a um preço entre 40 e 60 reais, com o nome de Action

Diagnóstico rápido pode ajudar a aumentar o número de pacientes em tratamento
Descrição: Diagnóstico rápido pode ajudar a aumentar o número de pacientes em tratamento Crédito: Da Web

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou registro do primeiro teste de farmácia para diagnóstico do HIV. O mecanismo do exame é semelhante ao dos existentes para medir a glicose de diabéticos. Com um aparelho, gotas de sangue são coletadas e colocadas em contato com um reagente. O resultado pode ser visto em 20 minutos. Quando a presença de anticorpos para o vírus é identificada, linhas são formadas em um mostrador
 

A Orangelife, responsável pela fabricação, estima que ele deva entrar no mercado em junho, a um preço entre 40 e 60 reais, com o nome de Action. O produto será vendido em farmácias e drogarias. A aprovação da Anvisa é o primeiro passo para a comercialização ser feita. Agora, a Câmara de Regulação do Mercado Medicamentos deverá analisar qual o preço o produto será vendido. A estimativa é de que isso ocorra em três meses.
 

De acordo com documentos analisados pela Anvisa, o teste mostrou uma  sensibilidade e efetividade de 99,9%. Há, no entanto, o problema da janela imunológica. O exame identifica a presença de anticorpos, produzidos quando o organismo reconhece a invasão do vírus. Esse processo não é imediato. O teste só consegue detectar a presença do vírus no organismo 30 dias depois da relação de risco.

 

Para evitar esse risco, a recomendação é de que em casos de resultado negativo o exame seja repetido depois de 30 dias. Se houver uma situação de risco à exposição ao HIV durante o intervalo entre um exame e outro (como relações sexuais desprotegidas), a indicação é que um novo teste seja feito e, passados 30 dias, repetido.
 

A recomendação é a de que, quando o exame é positivo, a pessoa procure o Sistema Único de Saúde. Testes gratuitos para identificação do HIV estão disponíveis também no SUS. Apesar dessa oferta, há pessoas que resistem em procurar postos de saúde, por desconhecimento ou outras motivações.

 

Tocantins

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), o Tocantins registrou 85 novos casos de Aids e 240 novos casos de infecção pelo vírus HIV em 2016. O número ainda é alto, mas é menor que o índice de novas infecções de 2015. Em 2015 foram registrados 115 novos casos de Aids e 245 novos casos de HIV no Estado. 

 

Pelo protocolo brasileiro, o portador do vírus pode iniciar o tratamento tão logo receba o diagnóstico No passado, para ingressar com as primeiras terapias, era preciso que o paciente apresentasse níveis determinados de carga viral e de células de defesa, CD4.

 

Rede de Apoio

Palmas conta com o Núcleo de Assistência Henfil, localizado na 108 Sul (antiga Arne 13), alameda 10, QIF, lotes 25 a 27, que trata dos pacientes soropositivos em todas as fases de tratamento e de assistência à aids. A equipe multidisciplinar do Núcleo de Assistência Henfil é composta de: Enfermagem, Clínica Médica, Infectologia, Urologia, Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria, Psicologia, Serviço Social, Nutrição e Farmácia. Hoje, o Henfil tem quase 400 pacientes em acompanhamento, dos quais cerca de 170 pertencem a outros municípios do Tocantins e também aos estados do Pará e Maranhão.

 

Além disso, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), na 704 Sul (antiga Arse 71), lote 02, alameda 1, é um serviço, cuja função é realizar ações de prevenção do HIV/aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), através da realização do aconselhamento e da testagem para HIV, sífilis e Hepatite B, de forma sigilosa.

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