Moscou - A onda de choque provocada pela queda de um meteoro na manhã desta sexta-feira na região dos Montes Urais, na Rússia, fez com que muitos se lembrassem do asteroide 2012 DA14, que vai passar hoje pela Terra a uma distância de 28 mil quilômetros, mas alguns especialistas dizem não haver correlação entre os dois fatos.
Donald Yeomans, gerente do Programa de Monitoramento de Objetos Próximos à Terra, da agência espacial norte-americana (Nasa), acredita que o que aconteceu foi provavelmente um "evento de explosão de bola de fogo". "Se os danos em solo puderem ser verificados, podem indicar que um objeto cujo tamanho original tinha a extensão de vários metros antes de entrar na atmosfera terrestre, fragmentando-se e explodindo em razão da diferença de pressão nas partes da frente e de trás", afirmou ele por e-mail à Associated Press.
"Ainda é muito cedo para fazer estimativas sobre a energia desprendida ou fazer uma avaliação sobre o tamanho original do objeto", acrescentou ele.
Meios de comunicação russos destacaram a coincidência de o evento ter acontecido no mesmo dia em que o asteroide vai se aproximar do nosso planeta, mas a Agência Espacial Europeia publicou, em sua conta no Twitter, não há relação entre os dois eventos.
Pequenos pedaços de objetos espaciais - geralmente partes e cometas e asteroides - que estão em rota de colisão com a Terra são chamados de meteoroides. Quando os meteoroides entra na atmosfera da Terra, são chamados de meteoros. A maioria deles queima na atmosfera, mas, caso sobrevivam ao calor provocado pela fricção com o ar e caírem na superfície terrestre, ganham o nome de meteoritos.
Os eventos desta sexta-feira resultaram numa série de reações de importantes figuras políticas russas. O primeiro-ministro Dmitry Medvedev afirmou, durante um fórum econômico realizado na cidade siberiana de Krasnoyarsk, que o meteoro pode ser um símbolo para o fórum, mostrando que "não apenas a economia está vulnerável, mas todo o planeta".
Já o líder nacionalista Vladimir Zhirinovsky, conhecido por suas declarações veementes, disse à agência de notícias RIA Novosti que "não é a queda de um meteoro, é o teste de uma nova arma dos norte-americanos". As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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