Brasília – A ativista brasileira Ana Paula Maciel deixou, hoje (20), o Centro de Detenção em que estava presa, em São Petersburgo, na Rússia. De acordo com informações do Greenpeace, ela foi a primeira do grupo de 28 ativistas e dois jornalistas a ser libertada após o pagamento de fiança. O valor não foi divulgado pelo grupo.
Até o momento, não foram informados pela Justiça russa as condições e restrições impostas aos ativistas beneficiados com a liberdade provisória. Também não foi divulgado se a brasileira poderá deixar a Rússia ou receber visitas. Segundo a organização não governamental, as informações devem ser esclarecidas nos próximos dias.
No Twitter do Greenpeace foi divulgado um desabafo da mãe de Ana Paula. “Meu coração de mãe sempre me disse para eu manter a fé. Mal posso esperar para ter a minha amada filha nos meus braços de volta a casa. Sabemos que ainda não terminou, mas minha filha é uma guerreira e superará tudo isso no final”.
Ao todo, 15 ativistas foram libertados pela Justiça russa, sob o pagamento de fiança. O ativista australiano Colin Rusell é o único com ordem de prisão preventiva prolongada por mais três meses, até 24 de fevereiro. Estão marcadas para hoje (20) várias audiências quando a Justiça definirá se prolonga ou não o período de detenção dos ativistas, incluindo o período inicial de prisão preventiva de dois meses, que termina no próximo domingo (24).
O Artic Sunrise, navio do Greenpeace foi retido no dia 19 de setembro por comandos da guarda costeira russa, depois de os ativistas da organização terem tentado escalar uma plataforma da empresa de gás Gazprom, no Mar de Barents (Ártico Russo). Os ativistas protestavam contra a exploração petrolífera no Ártico.
No início de outubro, os 30 membros da tripulação de 28 nacionalidades diferentes foram acusados formalmente de “pirataria em grupo organizado”. No dia 30 de outubro, a Justiça russa decidiu reduzir a acusação contra a tripulação, passando de “pirataria” para “vandalismo”. Segundo a lei russa, o crime de vandalismo é passível de uma pena de até sete anos de prisão.
*Com informações da Lusa
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