O avião que realizou um voo rasante, com manobras arriscadas, na orla de João Pessoa (PB) no último domingo, 12, e tomou conta do noticiário nacional é do Tocantins. A aeronave, conforme Registro Aeronáutico Brasileiro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está no nome do advogado Fábio de Melo Bezerra Pereira, mas foi vendida ao conselheiro federal da OAB, Gedeon Pitaluga e estava cedido ao advogado Juvenal Klayber no final de semana. "Nem o Fábio, em nome de quem ainda está o avião, nem o Gedeon que está comprando têm nenhuma responsabilidade sobre este fato. O avião estava cedido para mim e foi usado por um funcionário meu. Eu já prestei esclarecimentos à PF e vou acompanhar todo o caso", disse no final da manhã, Juvenal Klayber, por telefone ao Portal T1 Notícias.
De acordo com Fábio, o avião foi vendido no último dia três de novembro para o conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Tocantins, Gedeon Pitaluga. “Este avião pelo que eu sei, estava sendo conduzido pelo piloto Fabrício Lima, mas eu não sei afirmar quem eram os tripulantes na hora em que ele fez as manobras. Ele falou para mim que está prestando esclarecimentos para a Polícia Federal (PF)”, declarou o advogado ao T1 Notícias.
Questionado se poderia encaminhar à reportagem algum documento que comprovasse a venda, Fábio disse que não, mas explicou. “Não vou mandar o contrato, mas esse avião foi vendido. Ele (Gedeon) falou que queria fazer uma alteração no contrato por isso não posso encaminhar”, alegou.
Gedeon nega ter autorizado o vôo
O conselheiro Gedeon Pitaluga, em entrevista por telefone com o T1 Notícias, contou que estava em Buenos Aires com a família desde o dia 8, tendo chegado à Palmas ontem, segunda-feira, 13. Ele afirma que não autorizou a retirada do avião do Hangar do Estado, onde estava guardado. “Eu não sabia de nada até então, pois estava em uma viagem para fora do país (Buenos Aires) e cheguei ontem (13) no final da tarde; As chaves da aeronave estavam de posse do piloto, o Fabrício, que é piloto do colega Juvenal Klayber se não me engano há mais de um ano”, completou.
Klayber diz que piloto fez mau uso
A reportagem também conseguiu falar com advogado Juvenal Klayber, que confirmou ter viajado na aeronave de Palmas para João Pessoa. Ele assegurou que não estava na aeronave no momento das manobras na orla da capital paraibana. “Eu estava no Rio Grande do Norte no momento e não fui quem estava na aeronave”, afirmou. Ele preferiu não repercutir mais informações sobre o assunto, mas na imprensa paraibana pediu desculpas aos banhistas pela atitude do piloto. Em novo contato com o portal o advogado lamentou a conduta do piloto, com quem deixou a aeronave enquanto se deslocou para o Rio Grande do Norte.
Um dos funcionários do Aeroclube da Paraíba, que se identificou apenas como Wellington, informou ao T1 Notícias na manhã desta terça-feira, 14, que o avião está no estabelecimento há três dias.
Anac
Sobre a denúncia envolvendo uma aeronave que estava realizando voos em altitude aparentemente inadequada na orla de João Pessoa (PB), a Anac informou que está auxiliando a PF na investigação do caso. Para não obstar o andamento da apuração, eles informaram que não podem fornecer detalhes sobre a aeronave, piloto e procedimentos relacionados à investigação. Eles ressaltaram ainda que o órgão responsável pelo tráfego aéreo, bem como autorização de voos e controle de rotas aéreas, é o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), da Aeronáutica.
(Atualizada com correções às 15hs)
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