André Luiz de Almeida Mendonça e Alexandre Ramagem Rodrigues são nomeados ministro da Justiça e Segurança Pública e diretor-geral da Polícia Federal (PF), respectivamente. Os decretos assinados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, estão publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira 28. André Mendonça passa a ocupar o comando do ministério com a saída de Sergio Moro e Alexandre Ramagem a chefia da PF no lugar de Maurício Valeixo.
À frente da Advocacia-Geral, o novo ministro foi responsável, por exemplo, pela alteração do entendimento da instituição sobre a constitucionalidade da prisão após condenação em segunda instância.
Outra ação de Mendonça enquanto esteve na gestão da AGU, foi a que a instituição assegurou, em 2019, a recuperação de R$ 7,5 bilhões para os cofres públicos por meio de acordos de leniência com empresas envolvidas em irregularidades.
O atual ministro da Justiça é doutor e mestre em Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha, e pós-graduado em Direito Público pela Universidade de Brasília (UnB). A graduação em Direito foi na Faculdade de Direito de Bauru (SP).
Mendonça também foi pesquisador e professor visitante na Universidade de Stetson, nos Estados Unidos, entre 2015 e 2016. Atualmente, ele é professor do programa de Doutorado em Estado de Direito e Governança Global da Universidade de Salamanca.
Além de André Mendonça para o posto de ministro da Justiça e Segurança Pública, Jair Bolsonaro confirmou ainda o nome de Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.
Para o cargo de Advogado-Geral da União, no lugar de Mendonça, o presidente nomeou Jose Levi Mello do Amaral.
Ramagem
Alexandre Ramagem, que exercia o cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), é graduado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Ingressou na Polícia Federal (PF) em 2005 e atualmente é delegado de classe especial. Sua primeira lotação foi na Superintendência Regional da PF no estado de Roraima.
Em 2007, ele foi nomeado delegado regional de Combate ao Crime Organizado. Ramagem foi transferido, em 2011, para a sede do PF em Brasília, com a missão de criar e chefiar Unidade de Repressão a Crimes contra a Pessoa. Em 2013, assumiu a chefia da Divisão de Administração de Recursos Humanos e, a partir de 2016, passou a chefiar a Divisão de Estudos, Legislações e Pareceres da PFl.
Em 2017, tendo em conta a evolução dos trabalhos da operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, Ramagem foi convidado a integrar a equipe de policiais federais responsável pela investigação e Inteligência de polícia judiciária no âmbito dessa operação. A partir das atividades desenvolvidas, passou a coordenar o trabalho da PF junto ao Tribunal Regional Federal da 2ª Regional, com sede no Rio de Janeiro.
Em 2018, assumiu a Coordenação de Recursos Humanos da Polícia Federal, na condição de substituto do diretor de Gestão de Pessoal. Em razão de seus conhecimentos operacionais nas áreas de segurança e Inteligência, assumiu, ainda em 2018, a Coordenação de Segurança do então candidato e atual presidente da República, Jair Bolsonaro.
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