Com aliados de Dilma, Picciani é restituído ao posto de líder do PMDB na Câmara

Ele havia sido destituído na semana passada, em movimento articulado pelo vice-presidente Michel Temer, que conta com o apoio das duas deputadas do PMDB do Tocantins, Josi Nunes e Dulce Miranda

Deputado federal Leonardo Picciani (RJ)
Descrição: Deputado federal Leonardo Picciani (RJ) Crédito: Foto: Da Web

Conforme antecipado ao T1 Notícias pelo deputado Federal Carlos Henrique Gaguim (PMB/TO) nesta quinta-feira, 17, o deputado federal Leonardo Picciani (RJ) foi restituído à liderança da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, com o apoio do Palácio do Planalto. Ele havia sido destituído na semana passada, em movimento articulado pelo vice-presidente Michel Temer, que conta com o apoio das duas deputadas do PMDB do Tocantins, Josi Nunes e Dulce Miranda.

 

Segundo informações da Folha de São Paulo, o peemedebista protocolou nesta quinta, na Secretaria-Geral da Casa Legislativa, abaixo-assinado com o apoio de 36 dos 69 integrantes da bancada do partido.

 

Para tentar retornar ao posto e retirar o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG), Picciani contou com uma força-tarefa do governo federal, que mobilizou ministros do partido. O esforço concentrado contou com as participações da ministra Kátia Abreu (Agricultura), Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).

 

Nas conversas reservadas, segundo a Folha apurou, o Palácio do Planalto ameaçou cortar cargos e congelar emendas de deputados federais do PMDB caso eles não apoiassem o retorno do parlamentar carioca ao cargo.

 

Em uma contraofensiva, aliados de Quintão, que permaneceu no posto por oito dias, já se mobilizam para apresentar uma nova lista nesta quinta-feira (17) que o reconduza ao posto.

 

"Nós demos um passo importante para acabar com esse procedimento que é ruim para o partido. Em fevereiro, teremos eleição diretas, e quem quiser poderá disputar para ser eleito no voto. O momento agora é para se buscar a unidade na legenda", disse Picciani. "Eu vejo isso como um equívoco", acrescentou.

 

O peemedebista informou que falará ainda nesta quinta-feira com Temer e disse que buscará o diálogo com ele, apesar dele ter atuado por sua retirada do posto de líder do partido. "O PMDB é um partido grande, no qual não cabem medidas cartoriais", afirmou.

 

(Com informações da Folha de São Paulo)

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