O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 0,6% em agosto em relação ao que foi registrado no final do mês anterior, ao passar de 99,6 pontos para 99 pontos, e renovou o menor nível desde julho de 2009 (quando foi 95,7), informou a Fundação Getulio Vargas nesta segunda-feira (26).
"O resultado geral da pesquisa sinaliza que a indústria apresenta ritmo lento de atividade no momento e expectativas entre neutras e moderadamente pessimistas em relação aos meses seguintes", afirmou a FGV.
Em agosto, o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,1%, para 99,5 pontos, menor patamar desde julho de 2009, quando foi de 96,7. Já o Índice de Expectativas (IE) perdeu 0,1%, para 98,5 pontos.
Um dos fatores que mais contribuiu para a queda do ICI foi o acúmulo de estoques, com queda de 3,8%, para 93,1 pontos.
A proporção de empresas que avaliam o nível atual de estoques como excessivo aumentou de 7,7% para 9,4%, enquanto a parcela de empresas que o consideram suficiente caiu de 4,5% para 2,5%.
Em relação às expectativas futuras, o indicador de emprego previsto foi o destaque, com queda de 0,5%, para 104,6 pontos, menor patamar desde junho de 2009, quando ficou em 98.
Embora tenha havido aumento na proporção de empresas que preveem acréscimo no total de pessoal ocupado nos três meses seguintes de 16,0 por cento para 17,0 por cento, a parcela das que preveem redução subiu de 10,9% para 12,4%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) alcançou 84,2% em agosto, ante 84,4% em julho.
Segundo o IBGE, a produção industrial brasileira cresceu acima do esperado em junho, a 1,9% frente a maio, mas o movimento não foi suficiente para reanimar o otimismo entre agentes econômicos.
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