A meninada não queria, mas está chegando ao fim a temporada de férias. Com a proximidade do início do ano letivo, previsto para acontecer nas primeiras semanas de fevereiro, uma ansiedade natural toma conta de pais e filhos. Se por um lado, os pais precisam lidar com despesas como matrícula e compra de materiais escolares, as crianças querem mesmo é reencontrar colegas, conhecer novos amigos e retomar o ritmo de estudos.
A grande expectativa é para o primeiro dia de aula. A auxiliar administrativa Marília Ornelas, mãe da pequena Sophie Ornelas, de dois anos, acredita que terá dificuldade para lidar com a separação, ainda que por algumas horas. “Somos super apegadas uma à outra”, afirma. É natural que algumas crianças, principalmente para as que estão iniciando a vida escolar, apresentem dificuldades de adaptação ao novo ambiente.
Por ser um mundo novo e diferente do que estavam habituados, por conta do período das férias, as crianças podem fazer birra, chorar e ficar manhosas no momento em que são deixadas na escola. E é nessa hora que os pais precisam ser firmes e ter jogo de cintura para ajudá-los a entender que esta é uma etapa importante e necessária.
Para a psicóloga clínica Jeyde Loíse Queiroz, é preciso também observar alguns quesitos em relação ao retorno dos antigos alunos para a escola e as suas reações. “Em se tratando de crianças que apresentam dificuldade no retorno as aulas, podemos destacar três sugestões: paciência, observação e identificação do problema. É necessário identificar o motivo da dificuldade, para posteriormente atuar sobre ela”, aconselha a especialista.
Se no ano anterior, a criança passou por algum problema na escola, alguma desavença com colegas ou outro fato negativo, os pais e responsáveis pela instituição precisam conversar e chegar a um acordo para que o estudante não seja prejudicado. Há também aquelas crianças que são mais flexíveise que não dão trabalho para retomar os estudos, que acordam, se vestem sozinhas e fazem questão de participar da escolha dos materiais.
A psicóloga lembra que os pais precisam ser bons exemplos. “As crianças são como esponjas, absorvem tudo. Elas costumam repetir o comportamento dos adultos. Conversar com seus filhos, perguntar como se sentem na escola, do que gostam e não gostam. Explicar que eles também têm uma rotina e que precisam segui-la. Estabelecer normas e justificar o porquê delas é super importante”, destaca.
É fundamental que os pais estabeleçam acordos com seus filhos, em relação ao horário de ir para a cama, cumprir tarefas, tempo no celular, no tablete ou na televisão. Incluir os filhos nos afazeres domésticos, de acordo com sua capacidade de realização, dá a eles responsabilidade. “Conversar sempre, manter um bom diálogo ajuda, não só no período escolar, ajuda na vida das crianças”, conclui a especialista.
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