Falando à Veja, Kátia defende construção de 5 ferrovias com iniciativa privada

Numa longa entrevista publicada nas páginas amarelas da Veja, Kátia Abreu fala de desburocratização, da aposta na mudança da infra-estrutura do País em 5 anos com ferrovias e responde sobre crise...

Katia Abreu à frente do Mapa: desafios
Descrição: Katia Abreu à frente do Mapa: desafios Crédito: Lou Bonifácio/T1

A Ministra da Agricultura Kátia Abreu(PMDB), defendeu em entrevista à revista Veja que chega às bancas esta semana, a construção de uma ferrovia, ligando Rondonópolis(MT) à Miritituba(PA), passando por Lucas de Rio Verde e Sinop, em parceria com a iniciativa privada. Esta e mais quatro ferrovias, podem resolver o problema da logística de transporte na região Centro Norte do País em cinco anos, defende Kátia Abreu, à frente do Mapa.

 

“Durante anos e anos a CNA, entidade que eu presidi, ficou fora desta discussão”, argumentou a Ministra ao defender que além do fim da burocracia, o Mapa precisa adequar a infra-estrutura de transporte existente no País, à necessidade dos produtores. “Ete foi o tema da minha aproximação com a presidente”, revelou. Enquanto a safra avançou para a região Centro Norte, a logística não foi atrás, fazendo com que o produto brasileiro perca competitividade internacionalmente, por conta da dificuldade encontrada no transporte.

 

As outras quatro ferrovias defendidas por Kátia Abreu, para serem licitadas como concessão para a iniciaria privada que se interesse em atuar nos trechos são: Barreiras a Ilhéus, Açailândia a Vista do Conde, Santo Angelo a Passo Fundo e Campinorte até Açaí.

 

Nos seus primeiros 3 meses a frente do Mapa, Kátia Abreu combateu duramente a burocracia melhorando o tramite interno de processos no ministério. “Quando assumi havia 4936 processos na fila”, conta. Ela deu 120mdias para o secretário da área zebrar a demanda. Destes, cerca de 1500 processos dependiam do parecer de um químico, que no Mapa, é apenas um e estava em licença médica, revelou a ministra à Veja. “Fizemos um mutirão com os nove químicos das superintendências estaduais”, disse ela.

 

Célio no cerimonial

 

Questionada sobre a nomeação de Célio Costa no Mapa, identificado em matéria da Istoé como seu cabeleireiro, Kátia Abreu respondeu: “isso é uma maldade muito grande. eu moro em Palmas há 20 anos e ele em Gurupi, a mais de 200 km de distância, como ele poderia ser meu cabeleireiro?”. 

 

A ministra justificou que Célio é um companheiro que lhe pediu uma oportunidade, para sair de Gurupi e trabalhar com cerimonial, área com a qual tem afinidade. Ela então o nomeou com DAS 2, R$ 4 mil.

 

Sobre crise de Dilma

 

A revista questionou ainda a Ministra sobre o fato do PMDB, seu partido, ser hoje o que mais dá trabalho à presidente Dilma Roussef no Congresso Nacional, num momento de crise nacional para o governo e para o PT. “Não diga isso”, respondeu Kátia Abreu, defendendo o protagonistmo do Congresso Nacional nas questões políticas que precisam ser discutidas. Ela entende que o momento é de adaptação ao processo de mudança que acontece no País, com a punição ampla aos envolvidos em corrupção.

 

Sobre as diferenças de convicções entre ela e a presidente, sendo uma de esquerda e a outra defensora de bandeiras de direita (como a redução da maioridade penal), Kátia Abreu disse respeitar o passado da presidente, quando jovem, de uma militância aguerrida que a levou a pegar em armas. “Com relação à Dilma experiente, gestora, mulher pragmática, trabalhadora, não vejo diferença entre nós”, resumiu.

 

Para finalizar, a revista questionou a Ministra como é estar casada novamente depois de mais de 20 anos de viuvez. Kátia respondeu que e estranho, mas que “ter marido em casa é maravilhoso”.

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