Gomes e Amando são citados no Jornal Nacional por ligação e depósitos de doleiro

Empresas e laranjas do doleiro preso na Operação Miqueias, Fayed Trabulsi fizeram depósitos na conta de um assessor do deputado Eduardo Gomes. Nome de Gomes e valores aparecem em caderno do doleiro

Eduardo Gomes: no Jornal Nacional
Descrição: Eduardo Gomes: no Jornal Nacional Crédito: Sefot/Câmara

O deputado Eduardo Gomes(PSDB), do Tocantins, e mais dois deputados federais foram objeto de matéria do Jornal Nacional na noite desta quarta-feira, 3, por terem mantido contatos frequentes com o doleiro Fayed Trabulsi, preso pela PF na Operação Miqueias.

Segundo a reportagem mostrou, um caderno de anotações de Fayed, com nomes e valores foi apreendido pela PF e integra o processo que foi remetido ao Supremo Tribunal Federal, por envolver investigação de deputados federais.

Neste caderno, aparece o nome do deputado federal tocantinense ao lado de dois valores: 250 e 60. Já o assessor do parlamentar, Amando Almeida Leão Neto, nomeado desde 2011, teria recebido em sua conta bancaria, depósitos de empresas e laranjas de Fayed, um deles no valor de R$ 100 mil.

O deputado Eduardo Gomes aparece num grampo autorizado pela justiça, combinando levar o representante do doleiro preso a um encontro com o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas.

 

Gomes explica

Ao Jornal Nacional, Gomes disse que os prefeitos que apresentou à Fayed não fecharam negócios com a empresa do doleiro. Ele disse ainda que vai levantar informações sobre os depósitos feitos na conta do assessor.

Em nota enviada à redação do Portal logo que o assunto veio à tona na imprensa nacional, o deputado explica: ""Conheci Fayed Trabulsi há cerca de dois anos, em Brasília, quando não pesava nenhuma suspeita sobre ele nem sobre as suas atividades. Ano passado, o apresentei ao prefeito Ronaldo Dimas, que é meu amigo. Em resumo, apenas apresentei um conhecido a um amigo. Além disso, é do conhecimento público que a Prefeitura não fez nenhum investimento nos fundos investigados."

Foi ainda de Eduardo Gomes a indicação de Rogério Villas Boas no Igeprev, conforme levantou o Portal T1 Notícias. Villas Boas foi exonerado a pedido na última sexta-feira, após a divulgação de que ele teria recebido depósitos em sua conta e pagamento de cartões de crédito da organização de Fayed.

O assessor de Gomes, Amando Almeida Leão Neto é ainda sócio da Pró 2, empresa de locação de tendas e promoção de eventos que presta serviços à Prefeitura de Palmas,  que foi responsável pela captação de recursos e realização do Carnaval 2013 terceirizado em Palmas.

Outros nomes de agentes públicos constariam no caderno de anotações do doleiro Fayed, ao lado de valores que teriam sido repassados pela organização criminosa a título de comissões por aplicações do Igeprev em títulos podres.

Estes, sem foro privilegiado, devem ser divulgados no desenrolar das investigações.

 

 

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