Nove toneladas de peixes mortos foram retiradas do leito do rio Doce, em Minas Gerais e no Espírito Santo, em decorrência da lama que vazou após rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), no trecho do rio situado em Minas, foram recolhidas seis toneladas. Já na porção localizada no Espírito Santo, outras três toneladas foram retiradas sem vida das águas lamacentas do rio Doce.
O Ibama já aplicou uma multa de R$ 250 milhões à mineradora Samarco, responsável pela estrutura que se rompeu. O valor foi dividido em cinco autos de infração, cada um de R$ 50 milhões.
Captura de peixes
Uma equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), localizado na cidade paulista de Pirassununga, está percorrendo o leito do rio Doce, desde o dia 15 de novembro para tentar recolher matrizes de espécies de peixes ameaçadas de extinção.
A intenção dos especialistas é constituir uma "poupança genética" da biodiversidade de peixes e iniciar um processo de reprodução em cativeiro para viabilizar o repovoamento de trechos do rio, informou o Ibama.
Segundo Antônio Fernando Bruni Lucas, coordenador-substituto do Cepta, são sete especialistas atuando nesse trabalho. "A ideia é capturar peixes nativos e endêmicos da região e fazer o transporte deles de lá para a formação de um banco genético, Pode ser que as espécies capturadas fiquem em algum local adequado lá na região, ou venham aqui para o CEPTA, em Pirassununga".
Segundo o coordenador, a equipe de campo está tendo o auxílio de pescadores das comunidades ribeirinhas situadas ao longo do rio.
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