Maranhão multa Bolsonaro em R$ 80 mil por não usar máscara e promover aglomerações

Multa foi aplicada após visita do presidente ao Maranhão nos dias 20 e 21 de maio, onde incentivou aglomerações, andou na multidão sem máscara, cumprimentou apoiadores e pegou uma criança no colo.

Presidente Jair Bolsonaro durante visita ao Maranhão.
Descrição: Presidente Jair Bolsonaro durante visita ao Maranhão. Crédito: Isac Nóbrega/PR

O Governo do Maranhão multou, por meio da Superintendência de Vigilância Sanitária, em R$ 80 mil o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por descumprimento de medidas de enfrentamento à pandemia e provocar aglomerações no Estado nos dias 20 e 21 de maio. A decisão foi tomada na sexta-feira, 9.

 

O texto enfatiza que o não pagamento da multa “implicará na inscrição da autuada no rol de deveres da Divida Ativa do Estado do Maranhão, e cadastro de inadimplentes do Estado do Maranhão - CEI, estando sujeito à cobrança judicial”.

 

O documento ressalta que o presidente, durante visita ao Maranhão, promoveu aglomeração sem uso de máscara de proteção e controle sanitário para a prevenção contra o Coronavírus.

 

Durante visitas em Açailândia para entrega de títulos de proriedade, o presidente incentivou aglomerações, inclusive de militares. Na cidade de Senador La Rocque cumprimentou apoiadores, dentre eles idosos, e pegou uma criança no colo, além de andar na multidão ignorando o uso de máscara juntamento com sua equipe e apoiadores. Os registros foram divulgados também por Jair Bolsonaro em suas redes sociais.

 

“Gordinho ditador”

 

Bolsonaro chegou ao Maranhão no dia 20 de maio, onde inaugurou uma ponte entre os municípios de Alto Parnaíba (MA) e Santa Filomena (PI) e promoveu aglomerações. Na ocasião, atacou o governador Flávio Dino, se direcionando a ele como “gordinho ditador”. Dino respondeu a declaração em seu Twitter. “Bolsonaro anda preocupado com o meu peso, algo bem estranho e dispensável. Tenho ótima saúde física e mental. E estou ocupado com vacinas, pessoas doentes, medidas sociais, coisas sérias. Trabalho muito. Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público”, ressaltou.

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