O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) dará um novo passo a partir de maio, com a criação da Faixa 4, destinada a famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. A decisão foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS na última terça-feira, 15. A nova faixa permitirá o financiamento de imóveis novos e usados de até R$ 500 mil, com juros de 10,5% ao ano e prazo de até 420 parcelas mensais — condições mais vantajosas que as oferecidas atualmente pelo mercado, com taxas entre 11,5% e 12% ao ano.
A estimativa do Governo Federal é que até 120 mil famílias sejam beneficiadas pela nova faixa ainda em 2025. Com isso, o total de unidades habitacionais financiadas pelas quatro faixas do programa poderá atingir três milhões até 2026.
A Faixa 4 será financiada com R$ 30 bilhões: metade virá dos lucros anuais do FGTS e a outra metade de fontes do mercado financeiro, como caderneta de poupança e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). Como o recurso não será retirado dos saldos individuais do FGTS, trabalhadores que não têm conta ativa no fundo também poderão solicitar o financiamento.
Entre as regras, estão: o imóvel deve ser o primeiro do comprador e o financiamento cobrirá até 80% do valor do imóvel, sendo o restante pago com recursos próprios.
Além da expansão para a classe média, o programa segue atendendo as famílias de menor renda. No Tocantins, por exemplo, a capital Palmas iniciou, em abril, o cadastramento para o MCMV Entidades, voltado a famílias enquadradas na Faixa 2. A ação busca organizar a demanda habitacional na cidade, por meio de cooperativas e associações.
Com a reformulação, as faixas do programa agora são:
- Faixa 1: renda familiar de até R$ 2.850, com subsídio de até 95% do valor do imóvel;
- Faixa 2: renda entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700, com subsídio de até R$ 55 mil;
- Faixa 3: renda entre R$ 4.700,01 e R$ 8.600, com condições facilitadas, sem subsídios;
- Faixa 4: nova categoria, para famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil, com limite de financiamento de R$ 500 mil.
O programa também passa a permitir que famílias das Faixas 1 e 2 financiem imóveis de até R$ 350 mil, desde que aceitem as condições de juros da Faixa 3 (de 7,66% a 8,16% ao ano), sem os subsídios integrais.
Comentários (0)