Morte de Rita Lee deixa órfãos Brasil e uma geração inteira de fãs

Morte da artista foi confirmada nesta terça-feira, 9. O velório acontecerá em cerimônia aberta ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, nesta quarta-feira, 10, das 10h às 17h.

Crédito: Reprodução Instagram

Rita Lee já não está mais entre nós. Depois de lutar contra um câncer de pulmão, diagnosticado em 2021, a Rainha do Rock deixa órfãos o Brasil e uma geração inteira de fãs. Rita morreu na noite desta segunda-feira, 8, em sua casa, em São Paulo, mas sua morte só foi confirmada nesta terça-feira, 9. O velório acontecerá em cerimônia aberta ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, nesta quarta-feira, 10, das 10h às 17h. Conforme comunicado da família e, cumprindo a vontade de Rita, o corpo dela será cremado. A cerimônia será particular.

 

Com a morte de Rita Lee, o Brasil perde não só uma de suas maiores vozes, mas uma mulher que sempre esteve a frente do seu tempo, uma mulher de personalidade forte. Ela sai de cena para entrar na história da música brasileira, onde desde há muito é reconhecida e que, recentemente, recebeu uma justa homenagem no programa Altas Horas da Rede Globo de Televisão.

 

Biografia

 

Rita Lee Jones nasceu no dia 31 de dezembro de 1947, na capital paulista, filha do dentista Charles Fenley Jones, descendente de imigrantes norte-americanos, e da pianista Romilda Padula Jones, filha de imigrantes italianos.

 

A artista tinha duas irmãs, Virgínia e Mary Lee, e teve três filhos, Beto, João e Antônio, uma neta, Izabella, e um neto, Arthur.

Ela formou diversos grupos musicais, incluindo o “Six Sided Rockers” e “O Konjunto” — que depois seria “Os Bruxos” –, este último ao lado dos irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias.

 

Na década de 1960, o trio Rita, Arnaldo e Sérgio se tornou a banda “Os Mutantes”, lançando cinco discos: Os Mutantes (1968), Mutantes (1969), A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (1970), Jardim Elétrico (1971), Mutantes e Seus Cometas no País dos Bauretz (1972). 

 

Dois anos depois, ela lançou “Atrás do Porto Tem uma Cidade” e, em 1975, “Fruto Proibido”, que vendeu cerca de 700 mil cópias. Em 1976, o álbum “Refestança” fez sucesso com a música “Ovelha Negra”, que ocupou a primeira posição nas paradas do país. Também em 1974, Rita Lee começou a integrar a banda “Tutti Frutti”, que teve outros quatro álbuns.

 

A partir de 1979, produziu seus discos em parceria com o marido, Roberto de Carvalho, entre eles Rita Lee e Saúde. Em 1995, fez a abertura da turnê da banda britânica Rolling Stones. No início do século XXI, a artista lançou Aqui, Ali, em Qualquer Lugar (Bossa´n´Beatles) e Balacobaco, em 2001 e 2003, respectivamente. A despedida dos palcos aconteceu em 2012. Desde então, as aparições da rainha do rock se tornaram raras.

 

Atriz, apresentadora e escritora

 

A vasta e diversificada carreira de Rita Lee também passou por atuações e apresentações de programas na televisão brasileira. Ela atuou no filme “Dias Melhores Virão”, no curta-metragem “Tanta Estrela por Aí…” — tendo ganhado um prêmio no Festival de Cinema em Gramado –, e em “Durval Discos”. Além disso, Rita participou das novelas “Top Model” e “Vamp”. Ela também apresentou o programa “TVLeezão”, na MTV, e integrou o programa Saia Justa, da GNT.

 

Rita Lee também teve veia escritora, publicando os livros infantis “Dr. Alex – Quem Canta Conta”, “Dr. Alex e os Reis de Angra” e “Dr. Alex na Amazônia”. Em 2016, ela publicou uma autobiografia, na qual conta detalhes desde o início na carreira musical, perrengues familiares até fotos inéditas. Também estava sendo produzida uma segunda autobiografia. A cantora havia compartilhado um vídeo do livro pelas redes sociais no início de maio deste ano.

 

 

 

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