Além das demandas relacionadas às questões climáticas mundiais, a crise nacional foi um dos assuntos dominantes na abertura da 11ª Reunião do Fórum de Governadores da Amazônia Legal, realizada em Manaus, nesta sexta-feira, 24. Destacando seu apoio à presidente Dilma Rousseff, o governador Marcelo Miranda, defendeu a urgente necessidade de união das unidades federativas brasileiras como alternativa indispensável para reverter o quadro que o Brasil enfrenta.
“Sabemos que o País passa por dificuldades. O momento agora é propício para discussões sobre a política nacional, sobre o Pacto Federativo, uma vez que, cai sob a nossa responsabilidade, dar rumo aos nossos estados e, dessa forma, fortalecer a economia nacional”, destacou o governador. “O Brasil precisa, urgente, da união e esforços das 27 unidades da Federação representadas. Se não for desta forma, será mais difícil para nós, para o País”, enfatizou.
Em seu pronunciamento, Marcelo Miranda falou da importância do Fórum, na busca de valorizar as contribuições e a importância da Amazônia Legal no contexto nacional. “Tenho orgulho de estar hoje aqui para debater temas relevantes, à exemplo da questão ambiental, de questões relacionadas à saúde, aos investimentos e aos novos financiamentos”, frisou.
Ao chamar a atenção para necessidade de união entre os 27 governadores, o chefe do Executivo tocantinense defendeu a necessidade do envolvimento e da participação dos demais Poderes, através dos presidentes de Assembleias Legislativa, dos senadores e demais representantes dos poderes constituídos para somar forças. Mas foi enfático: "não somos contra a presidente Dilma. Ao contrário, nós queremos somar nossas forças às delas".
Ao final, Marcelo Miranda frisou que o País passa por um momento decisivo. “Isso requer tomadas de decisões. O empenho e a determinação dos colegas governadores têm sido primordiais para discussões e busca de soluções quanto aos nossos problemas”, elogiou.
Segundo o governador do Amazonas, José Melo, o tema Pacto Federativo se perdeu no tempo e hoje o Brasil passa por uma convulsão nas áreas econômica e civil. “Isso seria facilmente resolvido se ele existisse de fato”, pontuou, acrescentando: “nós da Amazônia Legal vamos formar um pacto para elencar temas comuns a todos nós e buscar soluções conjuntas para, posteriormente, apresentá-las ao governo federal”.
Programação
Após a abertura, o evento prosseguiu em reuniões técnicas, preparatórias para o fórum, entre dois grupos: um com os governadores, o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, os secretários estaduais de Planejamento, Ciência e Tecnologia, e os da Fazenda. A ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, coordenou o segundo grupo, composto pelos secretários estaduais do Meio Ambiente.
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