Os três novos ministros das pastas de Agricultura, Trabalho e Aviação Civil falaram neste sábado (16), após cerimônia de posse no Palácio do Planalto, sobre as prioridades de suas gestões.
Agricultura
O novo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, afirmou que pretende trabalhar em parceria com o Ministério dos Transportes para solucionar o que ele considera um dos principais gargalos para produção agropecuária no país, a dificuldade de transporte de mercadorias. Ele foi empossado no lugar de Mendes Ribeiro (PMDB-RS).
“Não tenho dúvida nenhuma que o grande centro de produção do nosso país está um pouco distanciado do centro de consumo. Você verifica que o Mato Grosso, que hoje é um grande produtor, está distante dos grandes centros consumidores. E distanciado também dos centros de exportação, os portos. Precisamos melhorar a infraestrutura”, disse Andrade.
Andrade afirmou que a pasta continuará trabalhando para manter a balança comercial do país positiva, com a garantia de exportação. “Sempre foi o produtor rural, o agronegócio, que deu respostas sempre positivas, através do café, da soja, do milho, como grande exportador ”, declarou.
Aviação Civil
O novo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco (PMDB-RJ), disse que fará um “esforço grande” para melhorar a qualidade dos aeroportos brasileiros. Ele era ministro de Assuntos Estratégicos e assumiu a pasta em substituição a Wagner Bittencourt.
Segundo Moreira Franco, o desafio do setor aeroportuário brasileiro vai além de atender os três grandes eventos que o Brasil sediará em breve, a Jornada Mundial da Juventude, em julho deste ano, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
“Nós temos de 36 a 40 milhões de brasileiros que, em função da mobilidade social dos últimos anos, chegaram ao mercado de consumo e passaram a integrar o sistema, isso num prazo extremamente reduzido. Em seis, sete anos, tivemos uma pressão sobre os serviços que nos impõe um esforço enorme de melhorar a qualidade”, afirmou o novo ministro.
Franco disse que sua indicação para a Secretaria de Aviação Civil foi negociada pelo vice-presidente Michel Temer, presidente licenciado do PMDB e que o “conjunto do partido se sente representado” com o cargo. Sua pasta anterior, a Secretaria de Assuntos Estratégicos, será chefiada interinamente pelo secretário-executivo Roger Leal, segundo informou o Palácio do Planalto.
Trabalho
O novo ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse não ver dificuldades na pasta e prometeu “trabalhar incansavelmente” para “acompanhar o projeto da presidenta Dilma”. “Não tem dificuldades. As dificuldades são decorrentes da cabeça de cada um”, afirmou.
Manoel Dias substitui o também pedetista Brizola Neto (RJ). “A tarefa é fazer muita coisa, trabalhar, zelar pelo bem público. Vamos fazer um grande plano de transformar a ponta do Ministério do Trabalho em um órgão de referência, informatizado, moderno, onde o trabalhador se sinta confortável, bem atendido”, prometeu Dias.
Manoel Dias é o terceiro ministro do Trabalho de Dilma, todos do PDT. Ao assumir a Presidência em janeiro de 2011, a presidente manteve Lupi na pasta, onde estava desde 2007, ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em dezembro de 2011, pediu exoneração alegando "perseguição política e pessoal da mídia". Em abril de 2012, Brizola Neto assumiu o ministério.
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