O advogado de Alberto Youssef, Antônio de Almeida Castro, o Kakay, informou que o doleiro vai fazer delação premiada referente ao caso da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Conforme reportagem da Folha de São Paulo desta terça-feira, 23, por pressão da família, o doleiro Youssef tomou a decisão de fazer a delação. O advogado do doleiro foi quem confirmou ao jornal a informação e, por discordar da atitude, deixará a defesa de Youssef.
“A família convenceu Youssef a fazer a delação. Por mais que eu tenha afirmado que a nossa tese no STJ é forte”, disse o advogado ao jornal. Kakay disse ainda que a família do doleiro “cansou”. Outro advogado de Alberto Youssef, Antônio Augusto Figueiredo Basto, também confirmou que deixará o caso com a decisão pela delação. Conforme a Folha, a defesa do doleiro havia entrado com pedido de habeas corpus no STJ pedindo a anulação de todas as provas na operação por considerá-las ilícitas e devido a afastamento de juiz.
Igeprev
O doleiro Alberto Youssef é apontado pela Polícia Federal como chefe de esquema bilionário de lavagem de dinheiro e responsável por repassar recursos desviados a políticos. No Tocantins, conforme reportagem da Revista Veja, o montante de R$ 12 milhões do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins, o IGEPREV, foi aplicado em fundos ligados ao doleiro. Dos R$ 23 milhões de fundos de previdências angariados pela empresa de Youssef em agência de viagens, o Igeprev foi quem mais investiu.
O Tocantins é mencionado ainda em entrevista do Jornal O Estadão que apurou viagens pagas pelo doleiro ao assessor de Ciro Nogueira, Mauro Conde Soares. Conforme divulgado pelo Portal T1Notícias, Conde foi nomeado assessor dos parlamentares deputado federal Eduardo Gomes e do senador falecido João Ribeiro.
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