O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) estabeleceu que a greve inicia nesta quarta-feira, 3, devido a uma série de reivindicações relacionadas às carreiras dos profissionais e condições de trabalho. A decisão foi tomada durante a plenária nacional, ocorrida no último dia 27, com 65 votos a favor do movimento paredista e dois contrários, com quatro abstenções.
As pautas incluem a reestruturação das carreiras de técnicos administrativos e docentes, recomposição salarial imediata, revogação de medidas provisórias, portarias e decretos que prejudicam os servidores e serviços públicos, com destaque para a instituição normativa número 54-2021, que restringe o direito de greve. Os manifestantes também exigem a revogação do Novo Ensino Médio (NEM) e a defesa do modelo de ensino médio integrado das instituições federais.
Além disso, a greve busca pressionar por um orçamento inclusivo que contemple os técnicos administrativos, os docentes e os estudantes da rede federal de ensino, com recursos destinados à melhoria das carreiras e questões salariais, bem como à inclusão orçamentária para os estudantes, especialmente no que diz respeito aos auxílios e bolsas.
Os servidores destacam que a greve ocorre em um momento estratégico, visto que o Governo Federal está em processo de elaboração do orçamento para 2025 e apresentando um Projeto de Lei para regularização do excedente de R$ 20 bilhões obtidos no final de 2023 e no início de 2024. Diante do anúncio de 0% de reajuste salarial para este ano, os servidores consideram necessário protestar para garantir seus direitos e melhorias em suas condições de trabalho.
Reunião com o reitor
Na tarde desta terça-feira, 2, a Direção do Sinasefe - Seção IFTO reuniu-se com o reitor do Instituto Federal do Tocantins, prof. Antônio da Luz, para abordarem o movimento de greve iniciado na instituição.
Durante o encontro, foram expostas as razões por trás do movimento e a legitimidade do exercício do direito à greve. O reitor comprometeu-se a respeitar o movimento e concordou em não efetuar cortes nos salários por ausências registradas no ponto eletrônico. Além disso, assegurou o direito de participação na greve a todos os servidores, incluindo aqueles em cargos de chefia ou com funções gratificadas.
Também foram exploradas alternativas para compensar o trabalho não realizado durante a greve, e Antônio demonstrou flexibilidade diante das propostas apresentadas.
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