5 casos de doença de chagas por consumo de bacaba são confirmados no Norte do TO

Já são 35 pacientes da zona rural de Carmolândia e de Araguaína investigados por consumir o alimento contaminado. Cinco casos foram confirmados

Equipes do CCZ fazem exames nas pessoas que consumiram a fruta
Descrição: Equipes do CCZ fazem exames nas pessoas que consumiram a fruta Crédito: Marcos Filho Sandes

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Araguaína detectou ontem, 6, um surto de Doença de Chagas por transmissão oral, originada de uma bacaba contaminada proveniente do Assentamento Barra Bonita, localizado do município de Carmolândia, a 30 km de Araguaína.

 

Desde ontem, 35 pessoas já foram investigadas por consumir a fruta na zona rural de Carmolândia e em Araguaína, no Distrito de Novo Horizonte e nos setores Céu Azul, Conjunto Patrocínio e Bairro São João. Até a manhã desta quinta-feira, 7, cinco pessoas já tiveram a doença confirmada. Os pacientes foram encaminhados para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), onde estão passando por novos exames e deram início ao tratamento, que dura 60 dias.

 

As equipes do CCZ de Araguaína estão visitando a região, fazendo exames nas pessoas que consumiram o alimento contaminado e alertando os moradores quanto aos cuidados para evitar a contaminação pelo protozoário Trypanosoma cruzi.

 

Segundo a coordenadora técnica do CCZ, Ketren Gomes, a contaminação pode ser evitada com a higienização durante a manipulação e processamento da bacaba. “Cuidado com a lavagem, aquecimento e principalmente a pasteurização, ou seja, realizar várias lavagens do alimento, com várias trocas de água e aquecer a mais de 45 graus para matar o protozoário”, alertou a técnica.

 

A coordenadora ainda informou que, caso as pessoas tenham consumido o alimento proveniente desses locais ou apresentem sintomas da doença, devem procurar a unidade básica de saúde mais próxima ou entrar em contato com o CCZ pelos telefones 0800 646 7020, 3411-7040 e 3411 7128.

 

Sintomas

 

A Doença de Chagas é uma infecção que apresenta uma fase aguda sintomática ou não e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. Os sintomas são: febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas.

 

Existem mais quatro formas de transmissão da doença além da via oral, por consumo de alimentos contaminados por barbeiros infectados. A vetorial, por meio do contato com fezes dos barbeiros infectados, após picada. A vertical ocorre pela passagem de parasitas de mulheres infectadas pelo Tripanosoma cruzi para seus bebês durante a gestação ou o parto.

 

A contaminação ocorre ainda pela transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios. Outra forma é a acidental, pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante a manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.

 

(Com informações da Secom Araguaína)

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