Abrasel sai otimista de encontro com representantes da Semus; definições na quinta

Representantes da Abrasel-TO foram recebidos por membros do COE em reunião nesta terça-feira, para dialogar sobre as medidas sanitárias que impactam o segmento

Crédito: Raíza Milhomem/Semus

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Tocantins (Abrasel-TO), em Palmas, representada pela presidente Ana Paula Setti Nogueira, saiu otimista em relação a uma reunião que ocorreu na manhã desta terça-feira, 11, com os responsáveis do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE-Palmas), coordenado pela Secretaria de Saúde (Semus). O encontro ocorreu no auditório da Semus.

 

A Abrasel-TO pede a liberação do funcionamento de estabelecimentos na capital no período da noite. Por conta de decreto municipal, os restaurantes podem funcionar das 11h às 15h, com 50% da capacidade. Já os bares permanecem fechados, podem trabalhar das 8h às 0h apenas com delivery ou retirada no local.

 

Conforme Ana Paula, a entidade terá um posicionamento definitivo quanto ao retorno das atividades dos estabelecimentos do qual defende na quinta, 13, pela manhã.  “Fomos muito bem recebidos por todos. E hoje conseguimos sair vendo que existe uma luz no fim do túnel”, disse. 

 

Já o proprietário do restaurante Dona Maria Beach, o empresário Daniel Oliveira destacou, além do compromisso do segmento de bares e restaurantes com seus funcionários, o respeito às medidas sanitárias.  “Queremos trabalhar dentro do estipulado pelo COE, pois sabemos que têm aqueles que atuam na ilegalidade. Mas acreditamos que é possível, desde que cumprindo todas as normas e exigências".

 

Semus

 

O secretário-executivo da Saúde e presidente do COE, Daniel Borini, explicou que o coronômetro, ferramenta auxiliar no acompanhamento da evolução do cenário epidemiológico e da capacidade instalada para o enfrentamento da Covid-19, é um dos norteadores para a adoção de medidas sanitárias. “O COE se utiliza de todas as ferramentas possíveis, como o coronômetro, para orientar a gestão quanto às medidas a serem tomadas. Quem toma as decisões é a gestão municipal, com secretários de diversas áreas juntamente com a prefeita, sempre muito bem municiada de informações técnicas e base científica que retratam tanto o cenário presente, quanto projeções futuras”, disse Borini. 

 

O secretário interino da Saúde (Semus), Thiago Marconi, manifestou solidariedade ao setor, mas deixou claro que a preocupação primeira da administração municipal é com a vida dos palmenses. "Não estamos contra com o comércio, ao contrário, pensamos e queremos retomar as atividades normalmente, mas temos que ter cautela, pois a pandemia infelizmente não acabou. Tanto que estamos aparelhando a Saúde, pois caso tenhamos uma terceira onda, devemos estar preparados".

 

Decreto vigente

 

Em vigor desde esta segunda-feira, 10 de maio, o Decreto nº 2.044 ampliou para 50% da capacidade do estabelecimento, o limite de clientes atendidos dentro dos restaurantes, no horário das 11h às 15h, todos os dias da semana. Mas manteve a suspensão do atendimento presencial no período da noite, inclusive para os bares. A reivindicação da Abrasel é a liberação do atendimento presencial até às 23 horas, mantendo o limite de 50%.

 

"A proposta apresentada é interessante, mas precisamos avaliar se leva em consideração a área técnica da saúde ou apenas o impacto financeiro desses comércios. A gestão não tem interesse em fechar nada, mas as medidas restritivas são tomadas conforme necessidade apresentada pelo COE", destacou o procurador-geral do município, Mauro Ribas. 

 

Daniel Borini se comprometeu a levar a proposta da Abrasel para discussão no COE, e agendou para esta quinta-feira, 13, nova reunião com o setor para apresentar uma resposta. “Saio daqui com outra perspectiva”, disse Ana Paula, que estava acompanhada do assessor jurídico da entidade, Gustavo Pereira.

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