O ato da CCJ da Câmara de Palmas de recusar a análise sequer do projeto de inclusão do Festival de Iemanjá no calendário cultural do município de Palmas gerou protesto entre as entidades e casas dos povos de matriz africana afro-brasileira na capital.
A Associação dos líderes de casas de culto de Matriz Africana e Afro-Brasileira de Palmas e demais lideranças religiosas emitiram uma nota de repúdio contra o que classificam como “aparelhamento religioso da CCJ - Comissão de Constituição de Justiça da Câmara Municipal de Palmas, pelo ato de Racismo Religioso, Racismo Institucional, Intolerância religiosa, praticado ao barrar, sem análise jurídica, o projeto de lei de propositura do Coletivo Somos”.
O projeto visava a inclusão no Calendário Cultural da Capital do “Festejo/Balaio de Yemanjá, realizado pela comunidade de terreiro nos anos de 2024 e 2025 com grande concentração popular na Praia da Graciosa”.
Na nota, a entidade reforça que “não é admissível que em pleno ano de 2025, com todos os direitos constitucionais assegurados aos povos de matriz africana - quanto à crença e ao culto das suas manifestações sagradas – a legalidade e a representatividade sejam alvo de preconceitos incabíveis numa Casa de Leis”.
A Afeccamto e o Terreiro de Candomblé Ilè de Odé e Oya - realizadores do evento - pedem que “os vereadores de Palmas se posicionem em defesa da livre manifestação Cultural e Religiosa na nossa Capital, submetendo ao Plenário diretamente a propositura, como permite o Regimento da Casa”. Leia a nota na íntegra aqui.
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