Agentes vistoriam 1.800 imóveis em Palmas no Dia D contra dengue

Mutirão no setor Norte da capital focou na eliminação de criadouros do Aedes aegypti durante a mobilização nacional

Crédito: Júnior Suzuki/Secom Palmas

O Governo do Tocantins e a Prefeitura de Palmas participaram neste sábado, 8, do Dia D de Mobilização Nacional contra a Dengue, com ações de conscientização e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti. Na Capital, a força-tarefa concentrou as atividades na Arno 31 (303 Norte), onde cerca de 40 agentes vistoriaram 1.800 imóveis entre residências, comércios e lotes baldios. A mobilização integra o esforço estadual e nacional para prevenir a dengue, zika e chikungunya no início do período chuvoso.

 

Antes do início das atividades, a secretária-executiva da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), Ludimila Monturil, destacou a importância do trabalho integrado da Superintendência de Vigilância em Saúde, da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), ACEs e ACSs, que tem contribuído para a redução de focos do mosquito ao longo do ano.

 

A ação contou com mutirões de limpeza, visitas domiciliares dos agentes de combate e atividades educativas. “Vamos chegar em casa, abordar o morador, claro, com identificação, e vamos fazer uma ação dentro do quintal. Se tiver algum recipiente cheio de água, nós vamos eliminar e orientar os moradores sobre os perigos que eles estão correndo. E, além de tudo, nós vamos entregar os folhetos com informações necessárias sobre o combate ao mosquito da dengue, explicou o agente de combate às endemias, Valdivino Maia Barbosa.

 

Neste período epidêmico que se inicia agora com a chegada das chuvas, depósitos como pneus, materiais rodantes, lixo, entulhos e sucatas tornam-se locais de desenvolvimento do mosquito. O tecnologista da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses e Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (CGARB/SVSA), Fábio Gaiger Silveira, veio de Brasília para participar da ação no Tocantins e destacou a importância da população no combate ao Aedes aegypti. “Este é um evento bastante simbólico, mas a gente tem que lembrar que as doenças transmitidas pelo mosquito têm que ser combatidas todos os dias. Os agentes, tanto os de controle de endemias, quanto os comunitários de saúde, estão aí a postos, mas a população tem que ter ciência também do seu papel, tentando manter a sua residência o máximo possível livre dos criadouros.”

 

A professora Lúcia Cleudes Alves Ribeiro recebeu os agentes de endemias em sua residência e ressaltou que deixar o quintal limpo é uma prioridade. “Tenho a preocupação de manter o quintal limpo. Sempre faço reciclagem e doo os recipientes que não estou utilizando. Aqueles que utilizo, estou sempre esvaziando e atenta para não contribuir com a proliferação do mosquito.”

 

“Nesse momento em que o país todo se movimenta, se mobiliza, buscando sensibilizar as pessoas para que retirem criadouros das suas residências, dos seus imóveis, faz com que o nosso Sistema Único de Saúde (SUS) se fortaleça, porque a gente consegue, dessa forma, reduzir o risco da ocorrência de dengue, chikungunya e Zika. Precisamos que as ações sejam conjuntas e de forma contínua para que a gente vença o Aedes aegypti, porque no momento ele tem estado mais adaptado ao ambiente devido às mudanças climáticas, mas nós enquanto seres humanos podemos muito mais, na medida que a gente se une para poder desenvolver ações para combatê-lo, a gente está deixando um ambiente saudável para a nossa população”, finalizou a diretora de vigilância de doenças vetoriais e zoonoses do Tocantins, Mary Ruth.

 

Dados

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram que o Tocantins apresentou uma queda no número de casos de dengue, em comparação com o ano passado. Em 2025, até o momento, 102 municípios confirmaram 1.848 casos, que representa uma queda de 52,9% em relação aos 3.923 1.848 registrados em 2024. Os dados apontam ainda a confirmação de dois óbitos, em Araguaína e Cachoeirinha, e um óbito está em investigação, em Aliança do Tocantins.

 

Já em chikungunya, o Sinan mostra que, em 2025, foram confirmados 396 casos, 43,6% a menos que em 2024, quando foram registrados 702. A zika teve queda de 81%, com apenas 03 casos confirmados em 2025, contra 16 em 2024.

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