Alunas de Palmas são alvos de lista com xingamentos em rede social; DPE emite nota

Alunas do Instituto Federal do Tocantins – IFTO/Campus Palmas e do Colégio Militar de Palmas foram expostas em listas nominadas como "as 30 mais pu... do IFTO” e “as rodadas do 1º ano"

Coletivo de Mulheres emite nota em apoio a estudantes
Descrição: Coletivo de Mulheres emite nota em apoio a estudantes Crédito: Divulgação

A Defensoria Pública do Tocantins emitiu nota à imprensa na manhã desta segunda-feira, 23, através do Coletivo de Mulheres Defensoras Públicas do Tocantins, em solidariedade a estudantes de Palmas que tiveram seus nomes e imagem expostos e denegridos em listas divulgadas nas redes sociais. Alunas do Instituto Federal do Tocantins – IFTO/Campus Palmas e do Colégio Militar de Palmas foram expostas em listas nominadas como "as 30 mais pu... do IFTO” e “as rodadas do 1º ano".

 

A autoria do ato ainda não identificada, e conforme a Defensoria, as listas maculam a imagem das estudantes e as expõem em um episódio que, para as defensoras públicas, “demonstra a importância das discussões sobres as questões de gênero no ambiente estudantil. A referida situação denota que, infelizmente, os muros das instituições de ensino não são impermeáveis à violência contra mulher, que, nesse caso, vai além dos tipos mais evidentes (agressões físicas e sexuais), mas compreende práticas igualmente perniciosas e violadoras, (...)”, consta em trecho da nota.

 

Ainda segundo o Coletivo de Mulheres “vemos com preocupação e pesar a reprodução de estereótipos machistas e misóginos no seio de instituições de ensino, a vitimizar alunas no ambiente escolar, o qual deveria consistir em espaço de convivência harmônica e respeito a todos, com vistas a proporcionar um ambiente seguro para o exercício do direito universal à educação. Esse episódio lamentável demonstra a importância das discussões sobres as questões de gênero no ambiente estudantil”.

 

A nota pontua também que “acreditamos que o papel das Instituições de ensino nessa seara é de não reproduzir os valores opressores da sociedade, e, sobretudo, de combatê-los. Estamos em luta para reafirmar que somos mulheres livres e que nada justifica a violência contra a mulher, qualquer que seja o espaço em que se verifique sua reprodução, tais como espaços públicos, no ambiente escolar, de trabalho ou doméstico”.

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