O padre Sebastião Lima foi consagrado bispo da Igreja Católica Apostólica da Reconciliação. O padre, que agora é bispo, pediu desligamento da Igreja Católica Romana em 2013. Em entrevista ao T1 Notícias, Dom Sebastião afirmou que a Igreja a qual pertence agora não se difere da Igreja Católica na crença, mas somente na ligação com o Vaticano, ou seja, na forma administrativa não é ligada ao Papa. A cerimônia de consagração aconteceu no ultimo sábado, 7, em Fortaleza (CE).
Dom Sebastião foi padre da Igreja Católica Romana durante quase 22 anos e disse que saiu por vontade própria. Apesar do desligamento, ele se diz agradecido. “Agradeço tudo que recebi da Igreja Romana, aos meus irmãos sacerdotes com os quais eu convivi e eu espero manter com as outras comunidades religiosas uma relação de muito respeito, amizade, porque no Brasil a liberdade religiosa é amparada e protegida, e a intolerância e perseguição é crime”, pontuou.
Dom Sebastião está oficialmente na Igreja da Reconciliação desde fevereiro desde ano. “Respeitamos a Igreja Católica e eu respeito muito todas as denominações, mas na Igreja da Reconciliação não existe demissão, suspensão ou excomunhão, essas normas da Igreja Romana que nós respeitamos, como toda instituição tem suas regras”, explicou o bispo.
Outra diferença marcante da Igreja da Reconciliação é o celibato opcional dos padres e bispos. Em relação aos sacramentos, são celebrados normalmente. “Quando celebro eu explico as diferenças para que as pessoas não confundam e entendam”, concluiu.
Igreja Católica da Reconciliação
A Igreja a qual pertence agora o bispo tem três anos e está presente no Brasil, Nigéria, Congo, Benin e Camarões. Segundo o bispo, ela chegará aos Estados Unidos, Japão, Itália e Haiti até o fim do ano. Dom Sebastião é o vice-presidente internacional e o patriarca que era bispo da Igreja Romana é Dom Emanuel Millingo. Em Palmas, a Igreja não tem sede, mas segundo o bispo, haverá ainda a criação da Diocese Santo Expedito na capital, que será assumida por ele. Um terreno particular deverá ser doado para que um santuário seja construído.
De acordo com o bispo, a Igreja da Reconciliação segue o tempo litúrgico da Igreja Romana e o mesmo calendário, mas uma liturgia própria será providenciada.
Dom Sebastião disse que continua celebrando missas a convite das pessoas nas residências e todos os dias na sede da Associação Santa Edwiges, que ele coordena em Palmas. A associação é civil e tem o objeto de ajudar pessoas carentes. “Temos muitos objetivos e atividades, estamos trabalhando na Associação para combater a fome e a miséria no Brasil e no mundo”, explicou.
“Jesus veio para salvar todas as pessoas, inclusive os pagãos. E a Igreja de Jesus Cristo sobrevive também em outras Igrejas. O mais importante é vivermos aquilo que fala a Constituição Federal, a liberdade de culto”, completou o bispo.
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