Após dois dias de julgamento, 3 homens são condenados por assassinato de dentista

O dentista Kléber Pereira Guedes foi assassinado a tiros, em 2015, após ser sequestrado e alvejado em uma emboscada; o corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, 10 dias depois

Sessão de julgamento começou na segunda e terminou ontem
Descrição: Sessão de julgamento começou na segunda e terminou ontem Crédito: Da Web

Manoel Fabrício Teles Pereira, Estevão Emílio Castro Almeida e Antônio Mendes Nonato foram condenados pelo assassinato do dentista Kléber Pereira Guedes, ocorrido no ano de 2015, em Augustinópolis. A sessão de julgamento é considerada a mais longa da história da comarca, tendo começado na manhã de segunda-feira, 17, sendo concluída na tarde desta quarta-feira, 19. A decisão atendeu a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).

 

De acordo com denúncia criminal feita pelo promotor de Justiça Paulo Sérgio Ferreira, Manoel Fabrício Teles Pereira encomendou a morte de Kléber Pereira Guedes por ciúmes do envolvimento amoroso do dentista com sua ex-namorada. O crime teve a participação de Estevão Emílio Castro Almeida, que contratou Antônio Mendes Nonato para a execução, mediante pagamento de R$ 5 mil.

 

Kléber foi abordado e rendido em frente a sua casa, em Augustinópolis, e os autores do crime o levaram, no carro do próprio dentista, para Araguatins, onde Kléber foi morto em uma emboscada, com três tiros. Estevão e Antônio ocultaram o corpo da vítima no matagal próximo ao trevo que liga Araguatins à Rodovia Transamazônica, sendo encontrado em estado avançado de decomposição, 10 dias depois do crime.

 

Enquanto o crime ocorria, Manoel procurou um álibi, indo até a cidade, em vários pontos comerciais e fazendo transações financeiras. Após o crime, Estevão e Antônio, com anuência de Manoel, ainda roubaram e venderam o celular e o carro de Kléber, em Parauapebas (PA), por R$ 13 mil.

 

No júri, o Conselho de Sentença, por maioria de votos, reconheceu a materialidade delitiva e autoria dos crimes de homicídio, furto e associação criminosa por parte de Manoel Fabrício Teles Pereira, Estevão Emílio Castro Almeida e Antônio Mendes Nonato, tendo como agravante o fato de o primeiro ter sido o mandante e os últimos terem recebido dinheiro para executar o crime. Estevão e Antônio ainda foram condenados por ocultação de cadáver.

 

A pena fixada foi de 32 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão para Manoel Fabrício Teles Pereira; 24 anos, 10 meses e 15 dias para Estevão Emílio Castro Almeida; e 28 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão para Antônio Mendes Nonato. Todos foram condenados em regime inicialmente fechado e também ao pagamento de multa.

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