Após empurra-empurra de alunos e grevistas, UFT busca solução para acesso ao Campus

a UFT informa que está buscando junto à Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) uma solução para que o acesso dos acadêmicos, docentes e técnicos administrativos não seja prejudicado

Crédito: Reprodução Vídeo Redes Sociais

Mesmo tendo assegurado à comunidade universitária que a deflagração da greve por prazo indeterminado por parte da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Tocantins (Sesduft) não afetaria as atividades acadêmicas e elas permaneceriam conforme establecido no calendário acadêmico aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni), o Campus da UFT em Palmas foi palco nesta quinta-feira, 9, de muita tensão entre alunos e manifestantes do movimento grevista.

 

Ao chegarem no local, os alunos não conseguiram entrar, pois os grevistas (docentes e servidores técnicos administrativos)  bloquearam a entrada principal. Mesmo com o portão fechado e faixas de protestos instaladas nas grades, os alunos tentaram entrar, momento, então, em que ocorreu um empurra-empurra, além de uma enorme fila de carros. O confronto foi registrado em vários vídeos que estão circulando nas redes sociais.

 

Com portão principal fechado, o acesso dos alunos ao Campus da UFT pode vir a ser feito por outro acesso. Sobre isso, a UFT informa que está buscando junto à Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) uma solução para que o acesso dos acadêmicos, docentes e técnicos administrativos da Unitins/Câmpus Palmas não seja prejudicado. Por enquanto, o acesso temporário de veículos está ocorrendo pela lateral da entrada do Centro de Controle de Zoonoses.

 

Nacional

O movimento grevista das Instituições de ensino federal ocorre em âmbito nacional. No Tocantins, além da UFT, o Instituto Federal do Tocantins (IFTO), com unidades em Dianópolis, Colinas do Tocantins, Palmas e Porto Nacional encontra-se com as aulas suspensas.

 

Pauta
Conforme a UFT, a deflagração da greve por prazo indeterminado foi comunicada pela Seção Sindical dos Docentes da UFT (Sesduft) a partir do dia 27/04/2024, respeitando os prazos legais e com a seguinte pauta nacional: 1) Reajuste salarial; 2) Destinação de orçamento público em condições ideais para as Universidades e Institutos Federais; 3) Reestruturação da carreira docente com valorização das condições de trabalho; e 4) Revogação de medidas antissindicais, antidemocráticas e contrarreformas.

 

A UFT ressalta que a greve é um direito constitucional que implica tanto em direitos quanto em responsabilidades. A UFT reconhece a legitimidade das reivindicações e respeita a decisão democrática dos sindicatos, assim como a autonomia dos servidores em participar do movimento grevista, cabendo aos sindicatos e a cada servidor decidir quando e como exercer esse direito constitucional.

 

Neste contexto, a Reitoria da UFT informa que tem realizado reuniões com o Comando de Greve, acompanhando as demandas e negociações para estabelecer consenso e garantir a continuidade dos serviços essenciais. A Reitoria destaca, contudo, que as atividades acadêmicas, inclusive as aulas em cursos presenciais, não foram suspensas e permanecem conforme estabelecido no calendário acadêmico aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni). Também serão mantidos os processos de ingresso, colação de grau e diplomação de estudantes aprovados em concursos.

 

Com relação às Bolsas Acadêmicas, a UFT informa que elas deverão continuar ativas de modo a garantir a permanência e formação dos alunos.

 

Os restaurantes Universitários também permanecerão abertos para garantir a segurança alimentar e a permanência dos estudantes.

Comentários (0)