Araguaína define plano de contingência da monkeypox e terá UBS de referência

UBS Palmeiras do Norte será referência para pacientes com suspeita da doença na cidade. Primeiro caso da varíola dos macacos no Tocantins foi confirmado nesta segunda-feira, 25

Foto: Marcos Sandes/Ascom
Descrição: Foto: Marcos Sandes/Ascom Crédito: Marcos Sandes/Ascom

A Prefeitura de Araguaína definiu as estratégias de atendimento a pessoas com suspeitas da monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos. O Plano de Contingência, que define o monitoramento, investigação e atendimento dos casos suspeitos de monkeypox, foi elaborado conforme orientações do Ministério da Saúde, que emitiu alerta diante do aumento de pessoas contaminadas pela doença no Brasil.


“Saímos na frente com a criação desse plano de ação, já que nossa cidade é referência em saúde da região norte e também por estar localizada às margens da BR-153 e ser rota de passagens de pessoas de várias regiões do país. Por isso, reforçamos nossa estratégia de monitoramento e estamos reforçando o atendimento no caso de suspeitos”, destacou a secretária Municipal da Saúde, Ana Paula Abadia.

O plano de contigência foi elaborado pela Secretaria Municipal da Saúde, por meio do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), Vigilância Epidemiológica do Município e do Hospital Regional de Araguaína, ISAC (Instituto Saúde e Cidadania), LACEN (Laboratório de Saúde Pública do Tocantins), HDT-UFT (Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins) e o HDO (Hospital de Doenças Tropicais do Tocantins).

Outras reuniões e capacitações entre os representantes que compõem a Rede de Atenção Básica deverão ser realizadas para implementação do plano de atuação. O primeiro caso de contaminação pelo vírus monkeypox, no Tocantins, foi confirmado nesta segunda-feira, 25.

Casos suspeitos


Em Araguaína, pessoas com sinais ou sintomas suspeitos da monkeypox deverão procurar a UBS (Unidade Básica de Saúde) próximo a sua residência para avaliação médica, caso necessário, esse paciente deverá ser encaminhado para a Unidade Palmeiras do Norte, localizada na Rua das Carmélias, nº 1.069, no Setor Palmeiras do Norte, que será referência para os casos da doença.

Principais sinais e sintomas


Entre os principais sintomas da varíola comum e da varíola causada pelo monkeypox estão, inicialmente, sinais que se assemelham a uma gripe, como febre, dor de cabeça e no corpo, calafrios, exaustão, que podem durar em média três dias. Na fase seguinte é que aparecem as lesões na pele que evoluem em cinco estágios, conhecidos como mácula, pápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas, estágio final quando caem.

“Orientamos que a população fique atenta aos sinais, especialmente da pele, e que ao surgimento de lesões semelhantes a bolhas, procure a unidade mais perto de sua casa para uma avaliação. Em caso de suspeita é importante usar roupas que cubram as lesões da pele”, reforçou a secretária.

Transmissão


A varíola dos macacos é transmitida pelo monkeypox, vírus que pertence ao gênero orthopoxvirus da família poxviridae, e é considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da Monkeypox é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). 

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas em contato físico e íntimo.

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