Aumento na rede de combate reflete em declínio no número de Hanseníase em Araguaína

Agentes de saúde do município passam por treinamento para saber identificar sinais da doença e encaminhar pacientes às unidades básicas de saúde para tratamento gratuito

150 agentes participam do primeiro ciclo de capacitação
Descrição: 150 agentes participam do primeiro ciclo de capacitação Crédito: Marcos Filho Sandes/Ascom

Os números de casos de hanseníase em Araguaína vêm caindo desde 2013, quando o a Vigilância Epidemiológica do município registrou 154 pessoas diagnosticadas. Em 2015, o Município apresentou diminuição de 18% nos casos e, até o momento, o número segue em declínio de 33%, contabiliza a Prefeitura.

 

O decréscimo no número de casos reflete o aumento na rede de combate à doença infecciosa. De acordo com a coordenadora da Vigilância, Priscila Brás Paranaguá, o Município tem ampliado a área de atuação de combate à doença por meio do aumento de contato social.

 

“Antes, em caso de identificação, eram feitos exames também nos familiares dessa pessoa. Hoje, os exames são feitos em todo local de convivência da pessoa doente, seja no trabalho, na vizinhança e até no bar, se a pessoa frequentar”, disse.

 

Capacitação

 

Mais de 300 agentes de saúde de Araguaína estão recebendo a capacitação de combate à hanseníase. Como peças-chave no combate à doença, o treinamento realizado pela equipe da Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal da Saúde, ensina os servidores a identificar sinais da doença e encaminhar os pacientes às unidades básicas de saúde, onde médicos e enfermeiros diagnosticarão o caso. 

 

Cerca de 150 agentes participaram do primeiro ciclo de capacitação nessa segunda-feira, 29, realizada no Auditório Municipal Professor Jauro Studart Gurgel, na Prefeitura, à Rua 25 de Dezembro, no Centro. Mais 150 agentes receberão o treinamento na próxima quarta-feira, 31.

 

Além dos agentes de saúde, médicos e enfermeiros também receberão capacitação para tratamento da doença, nos dias 8 e 9 de novembro, no auditório do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), localizado na Rua 15 de Novembro, nº 923, no Setor Central. Todo o treinamento será colocado em prática em um mutirão em quatro UBS do Município, entre 20 e 23 de novembro.

 

Hanseníase tem cura

 

Segundo a coordenadora Priscila Brás a hanseníase tem cura e o tratamento é disponibilizado gratuitamente pelo Município. “A UBS não é hospitalar, ela tem o dever de ir atrás do paciente. É isso que o agente de saúde faz, vai até a população e, entre outros trabalhos, identifica possíveis doenças. Por isso, é necessário que estejam capacitados, para descobrir a hanseníase e impedir novos contágios”.  

 

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