O Banco do Brasil foi obrigado, por decisão da Justiça, do último dia 23, a regularizar o atendimento presencial aos correntistas e consumidores da cidade de Ananás e ampliar o autoatendimento necessário à população, principalmente em virtude dos transtornos causados com o fechamento da agência no ano passado. A agência foi fechada em julho do ano passado e os serviços bancários vinham sendo oferecidos por meio de Posto de Atendimento.
Autor do pedido à Justiça, o Ministério Público Estadual argumentou que houve grande prejuízo aos moradores com a redução de circulação de cédulas, o que resultou em danos à economia e ao desenvolvimento do município.
À época do fechamento da agência, a instituição financeira argumentou que a mudança fazia parte de uma série de medidas, visando ampliar o investimento no atendimento digital e aumentar a eficiência operacional. Para o promotor de Justiça Celsimar Custódio, os moradores vem enfrentando restrições na operação e prestação de serviços financeiros, sendo obrigados a buscar serviços na casa lotérica e agência dos correios, que, por sua vez, não suportam o fluxo de consumidores. Muitos se viam obrigados a se deslocar até Xambioá, cidade distante a 80 quilômetros de Ananás para ir ao banco.
Na decisão, a Justiça destacou que os serviços oferecidos devem proporcionar a movimentação bancária de cédulas de dinheiro para saques, pagamentos e depósitos de todos os usuários, inclusive se for necessário, que a instituição adquira novo cofre e demais insumos, em um prazo de até 90 dias. O Banco do Brasil também foi condenado ao pagamento de danos morais coletivos no valor de R$ 300 mil e de multa no valor de R$ 75 mil pelo descumprimento da decisão liminar proferida em janeiro deste ano.
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