Brasil tem 9.612 crianças à espera de um lar; evento na FAET discutirá adoção tardia

O evento reunirá autoridades no assunto e contará com a presença do juiz auxiliar do CNJ Dr. Alexandre Chini Neto, coordenador do Cadastro Nacional de Adoção e Acolhimento.

Crédito: Da web

De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil tem 9.612 crianças em abrigos, esperando serem adotadas. Isso acontece porque boa parte dessas crianças tem mais de um ano de idade e as famílias brasileiras têm preferido em sua maioria adotar menores de três anos. Foi pensando nesse cenário, que a senadora Kátia Abreu (PDT) realiza na tarde desta segunda, 02, na Federação da Agricultura e Pecuário do Estado do Tocantins (Faet), um seminário sobre adoção tardia. 

 

O evento reunirá autoridades no assunto e contará com a presença do juiz auxiliar do CNJ Dr. Alexandre Chini Neto, coordenador do Cadastro Nacional de Adoção e Acolhimento. Quem também participa do evento é a jornalista Roberta Tum, editora chefe do portal T1 Notícias e mãe adotiva. 

 

O objetivo do Seminário é estimular a discussão em torno do processo de adoção de crianças com idades acima de três anos e debater melhorias no processo de adoção. A lei de adoção sofreu mudanças em 2017 mas ainda é considerada lenta e burocrática. Ela determina por exemplo, que a criança tenha que no mínimo um mês sem contato algum com a família para que só então seja inserida no cadastro de adoção. 

 

No período de janeiro a maio de 2018 um total de 420 famílias foram formadas com o auxílio do Cadastro Nacional de Adoção e Acolhimento. 

 

 

Adolescentes

Desse total de mais de 9 mil crianças disponíveis para adoção boa parte, cerca de 758, são adolescentes de 15 anos. Além da exclusão por conta da idade os números do cadastro mostram que 14,74% do pretendentes aceitam somente crianças brancas. Outros 61,95% não aceitam adotar irmãos. 

 

Porém, os dados do CNJ mostram ainda que 61,95% das crianças que estão em abrigos são pardas e negras e 55,46% tem irmãos ou irmãs. Além de outras condições como doenças crônicas ou deficiências. No Tocantins, apenas 17 adoções foram realizadas nos últimos quatro anos. 

 

A região norte tem atualmente 369 crianças a espera de um lar. 

 

Participantes do Seminário:

 

Dra. Glícia Thaís Salmeron de Miranda, Conselheira Nacional da OAB.

Roberta Tum, jornalista, editora do T1 Notícias e mãe que já adotou crianças.

Amália Santana, deputada estadual do Tocantins.

Dr. Alexandre Chini Neto, juiz auxiliar do CNJ, coordenador do Cadastro Nacional de Adoção e Acolhimento de Crianças e Adolescentes.

Dr. Sidney Fiori Júnior, promotor de Justiça, Coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Infância e Juventude (CAOPIJ).

Dra. Hélvia Túlia Sandes Pedreira, Juíza da 3ª Vara Cível, Família, Sucessões, Infância e Juventude de Porto Nacional.

Dra. Elisa Maria de Souza Falcão Queiroz, Defensora Pública da 2ª Defensoria da Família, Infância e Juventude de Porto Nacional.

Miguelina Vecchio, presidente da Ação da Mulher Trabalhista – AMT.

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